quarta-feira, 23 de novembro de 2011

JOSÉ SARNEY - SEU DISCURSO DE POSSE DE 1966 E A REALIDADE DE HOJE. NADA MUDOU.

No ano de 1966, José Sarney tomou posse como Governador do Estado do Maranhão com apenas 35 anos, já tinha sido Deputado Federal três vezes, sendo que a primeira na condição de suplência ainda quando a Capital ainda era no Rio de Janeiro. Sarney foi eleito pela União Democrática Nacional (UDN), e, com o apoio do Presidente Castelo Branco (Militar), elegeu-se Governador do Maranhão em 1965.

O Maranhão estava se despedindo de uma Oligarquia de aproximadamente 30 anos comandado por Vitorino Freire e via no jovem José Sarney uma esperança de futuro uma redenção. José Sarney foi eleito com menos de 400 mil votos e tinha um slogan que remetia a soberania popular e a força do povo: “Seu voto é sua Lei, para Governador, vote José Sarney”

Sarney, se cercou de jovens poetas, intelectuais e técnicos que estavam de fato querendo mudar a dura realidade do Maranhão e convenhamos: Sarney fez um Governo bom, mas, se perdeu no tempo e principalmente no seu próprio discurso de posse. Não conseguiu mudar o quadro social do Maranhão, fracassou. Fez do Governo a extensão da sua casa, confundiu o público com o privado.

José Sarney contratou o maior cineasta brasileiro para gravar sua posse então com 26 anos, Glauber Rocha, filma o quadro de miséria do Maranhão e a eloqüente fala do Jovem Político e nela, Sarney falava exatamente o contrário do que fala hoje sobre o Maranhão, suas terras e suas riquezas.

Porque tamanha mudança?

Seria para justificar o injustificável, no caso, o fato de não ter conseguido reduzir o quadro de miséria extrema, de ter fracassado nesse mister?

Eis aqui partes da fala de Sarney em 1966 durante sua posse:

“O Maranhão não suportava mais nem queria o contraste de suas terras férteis seus vales úmidos de seus babaçuais ondulantes e suas fabulosas riquezas e potenciais com a miséria, com a angustia, com a fome e com o desespero”

E continuava:

“O Maranhão, não quer a desonestidade no Governo a corrupção nas repartições e nos despachos. O Maranhão não quer a miséria, a fome, o analfabetismo e as mais altas taxas de moralidade infantil, de tuberculose, de malaria de sintosoma como interstícios do cotidiano”

E mais:

“O Maranhão não quis morrer estático de olhos parados e ficar caudatário marginal do progresso olhando o Brasil e o Nordeste progredir enquanto nossa terra mergulhada na podridão não podia marchar nem caminhar, como iremos abrir novas estradas, como iremos formar nossos técnicos, como iremos construir os nosso portos, como iremos industrializar o Maranhão e criar novos empregos como iremos mudar a face do Maranhão 100% pobre quanto a habitação, vestiário e alimentação.”

E mais um pouco:

“Temos a maior reserva do mundo de gordura vegetal. Dos 150 mil km quadrados cobertos de babaçu e que cada vez mais iremos exportar, valorizar e industriar e mostrar ao Brasil que invés de um problema uma grande solução para todos nós”

Como se pode observar, de tudo que o Sarney prometeu, ele falhou em 80%. Temos os maiores índices de analfabetismo, as maiores taxas de mortalidade infantil, não industrializamos o Estado e hoje, Sarney fala que o Maranhão não tem suas terras férteis, que somos pobres porque o Maranhão é pobre e ponto final. Bela justificativa!

Por fim, quero lembrar que os babaçuais continuam no mesmo lugar e as quebradeiras de coco babaçu retiram o fruto da mesma forma que faziam nos séculos passados, não houve investimento, não houve progresso e somente o fortalecimento do seu grupo.

O Maranhão parou no tempo, no tempo do José Sarney.

Eis a íntegra do discurso de posse:

http://www.youtube.com/watch?v=Equ00DAXM-I&feature=related


2 comentários:

Anônimo disse...

Esse é o responsável pela maior tragédia de um povo que precisa de desenvolvimento social e econômico.
Quando iniciou o seu governo começou a fazer o povo a acreditar que dessa vez se implantaria no Maranhão uma politica de desenvolvimento e avanços sociais mas logo se viu e se sentiu na pele que era só o enriquecimento do seu grupo politico e a miséria ficou a mesma a desesperança se instalou a corrupção avançou, o exôdo da população foi inevitável.
Hoje sabemos e temos a certeza que foi a melhor escolha sair para não
conviver com a falta de oportunidades e a falta de perspectivas alem de ter que aturar esse grupo politico atrasado e primitivo.
Valha-me Deus quantas pessoas medíocres e atrasadas.

Anônimo disse...

Fábio.

Sarney no discurso na FIEMA teceuloas aos seus feitos,pois bem, falou do porto do Itaqui como a salvação do Marnhão, o que se vê hoje é umPorto do Itaqui sem um plno de estratégia de conter desastres,como o agora consumado pela ganancia pela arrogancia do senador sarney dizer que o marahão entrou com ele e asua Tereza Cristina de Fina Estampa, na era do desenvolvimento, disse que este é omomento Marnhão,pois o que se é: o Babaçúgate, envolvendo a base parlamentar que APOIA o fraco governo dasua filha recbendo propina prá derrubar os babaççuais que cantados e versos eprosas agora foram envolvidos na seara corrupta dos deputados do governo como toda aimprensa repercute todos os dias. O Poto quase fica a mercê da quebra do navio graneleiroda Vale que está cheio Rachaduras, e o Porto esrando a morte chegar caso não tenhaumplano ou pessoas capacitadas para conter este desastre ambiental anunciado, VIVA SARNEY O PROFETA DO CAOS< VIVA ROSENGANA TERZA CRISTINA DE FINA ESTAMPA, só falta aparecer uma mulher de verdade no Maranhão a gRIZELDA, A FAMOSA pereirão, HONESTE SÉRIA, E SEM A ARROGANCIA DA SINHAZINHA. eSPERO QUE sARNEY MANde bater um tambor para salvar o Itaqui, pois se o Porto éranossoa redenção nestes dias virou uma assombraçãopara o nosso Maranhão.