quarta-feira, 30 de março de 2011

RICARDO MURAD E O SEU JEITO DE FAZER POLÍTICA.



Essa semana, me deparei com uma situação no mínimo lamentável que foi o anuncio do único Hospital do Câncer (Aldenora Bello) suspender 23 de Março os serviços de Pronto Atendimento ONCOLÓGICO, TRATAMENTO DA DOR E ATENDIMENTO DOMICILIAR, POR DIFICULDADES FINANCEIRAS.


A notícia foi repassada pela administração do hospital que disse “Os serviços estão suspensos por falta de recursos através de convênios insuficientes e não financiados pelo SUS”Em 2008, um convênio assinado com a Secretaria de Estado da Saúde garantia a quantia de R$ 237 mil mensais para compor a diferença entre a tabela do SUS e os custos para os serviços de alta complexidade em oncologia. No ano de 2010 de acordo com o hospital, a secretaria de estado da Saúde estipulou num valor de $ 165.518,05, diminuindo muito o valor antecipado. A direção do Hospital afirma que os custos mensais desses serviços giram em média de R$ 330 mil. Ricardo Murad disse por meio do seu facebook disse que uma decisão definitiva sobre a situação sairá na reunião de quinta-feira da “Comissão Bipartite”.


Isso deveria ter sido feito antes e não agora, Secretário. Coincidentemente, o Jornal O Globo informou essa semana que “Investigações administrativas do Ministério da Saúde e da Controladoria Geral da União, concluídas entre 2007 e 2010 As fraudes incluem compras e pagamentos irregulares, superfaturamentos e até desperdício com construção de hospitais que não funcionam”


O CAMPEÃO EM DESVIO DE VERBA FOI O ESTADO DO MARANHÃO COM UM BURACO DE R$ 75,4 MILHÕES DE ACORDO COM O RELATÓRIO.


Ricardo Murad prometeu assim que assumiu o Cargo de Secretário da Saúde “ACABAR COM AS FILAS DOS HOSPTAIS PÚBLICOS DO ESTADO EM 150 DIAS” e praticamente fechou os principais hospitais do Estado IPEM e PAN DIANTE, prometeu em pouco tempo a construção de mais de 72 hospitais e mais um de alta complexidade no sítio Santa Eulália e esse nem foi feito o muro da obra. No Hospital do IMPEM, tiraram dos tapumes da OBRA as fotos de como o Hospital ficaria, Porque essa jogada? Antes a obra dos 72 hosptais seriam entregues em tempo mínimo e hoje, já se fala no final do Governo.


Propagana enganosa, o Cidadão que quem votou no político pelas propostas apresentadas, foram lesados. As obras andam a passos de Tartaruga e mostram que aquela imagem do RICARDO TRATORZÃO e GERENTÃO, nada mais foi do que devaneio por parte da mídia que o cerca.


Antes, A Saúde do Maranhão vive um caos está na UTI e o mais lamentável de tudo isso é o CANCELAMENTO DAQUELES QUE SOFREM COM A DOR DO CANCER.


Isso no mínimo é falta de Humanidade e respeito com o próximo, sobretudo com os que sangram e choram nesse instante...

terça-feira, 29 de março de 2011

ACORDA GOVERNADORA ROSEANA SARNEY!!





Caros Leitores, acredito que a Governadora Roseana Sarney Murad, ainda não se deu conta que é Governadora do Estado do Maranhão. Ela prometeu a construção do tal ESPIGÃO DA PONTA D´AREIA desde o inicio de 2010, no entanto, isso não passou de mais um blefe do Governo do Estado do Maranhão. Olhem a situação em que se encontra a Avenida de uma das regiões mais caras, nobres e bonitas de São Luís e mais, onde está instalado os mais caros apartamentos da Ilha!Essa semana, um amigo meu quase caiu, pois passava de noite e não sabia da existência daquele buraco enorme, sendo que mais atrás, encontramos a mesma situação, um outro buraco enorme. Basta de letargia, Governadora, acorde e de fato assuma o seu Governo e faça aquilo que a Senhora Prometeu durante sua campanha, ou seja, reconstruir São Luís. Faça o tal ESPIGÃO DA PONTA DAREIA, CONFORME A SENHORA PROMETEU ou caso contrario, A península da Ponta D´areia irá ser consumida pela força da maré. ACORDE GOVERNADORA ROSEANA SARNEY!!!!!!

segunda-feira, 28 de março de 2011

A CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO LUÍS

Leitores, durante toda minha vida, sempre escutei que temos uma CAMARA MUNICIPAL fraca, nada atuante, inoperante e por aí vai...


Por mais que tentemos nos esforçar e buscar uma razão para defender a dita “casa do povo”, não encontramos um elemento satisfatório para isso. A maioria dos vereadores, me refiro a 70% daquela casa, nada mais são do que lobistas e políticos que entram no jogo político somente para se “dar bem”, para saírem "tranquilos", ou mesmo para aproveitarem os benefícios que um cargo importante como esse oferece.


Sem compromisso, sem ética, e sobretudo intelectualmente incapazes, fazem da Câmara Municipal de São Luís uma sucursal (quintal) do executivo Municipal, quebrando o sagrado pacto constitucional de fiscalizar o executivo e propor leis eficientes.A maioria dos Senhores Vereadores limitam-se a conceder Títulos de Cidadão, votos de aplausos ou votos de pesar. Marionetes, a maioria dos parlamentares nada mais fazem a não ser fazer do local de trabalho um encontro de colegas ou mesmo um chá londrino das 17horas.


A Cidade está um caos,transito caótico, mal cuidada, mal iluminada, com a Educação e a Saúde em frangalhos, mas mesmo assim, nenhum ou quase nenhum vereador levanta sua voz em defesa da Cidade ou dos autóctones desta terra.


É uma Câmara que se resume a fazer “painéis de discussão” e tem na figura do seu Presidente a clara definição do que ela representa: NADA.Outro dia fui ver uma sessão e quase saio chorando, a começar pelo português sofrido com que os Senhores parlamentares se manifestam e isso sem contar que enquanto um parlamentar discursa, o outro ou está conversando, vendo mensagem no celular, lap-top e até lixando a unha como se a Câmara fosse um salão de belezas, aliás, sem beleza nenhuma.


Leitores, 2012 está bem aí, precisamos mudar a cara da Câmara Legislativa da nossa Cidade. Temos que colocar VEREADORES que amem a Cidade, que briguem pela sua melhoria.


Nunca vi uma casa legislativa tão calada, esdrúxula, pífia, acéfala e mal representada quanto a nossa Câmara Municipal de São Luís do Maranhão.


SENHORES VEREADORES, TRABALHAR UM POUQUINHO FAZ BEM PARA SUAS IMAGENS...!

LAMENTO MUITO PELA MINHA CIDADE MARAVILHOSA.

COMO DIRIA UMA MIGO: POBRE CIDADE RICA!

quarta-feira, 23 de março de 2011

ACORDA PREFEITURA DE SÃO LUÍS!





Amigos, este Prédio Secular, pertence à Prefeitura Municipal de São Luís, fica localizada na rua do GIZ Nº 53. Possui Janelas imponentes, fachadas de azulejo portugueses datados do século XIX e Pedras de Cantarias no seu interior.




Nesse Local, seria instalado a ESCOLA DE MÚSICA DE SÃO LUÍS com valor estima...do em R$ 1.200.000,00(um milhão de duzentos mil reais), incluindo a obra a implantação da escola e os instrumentos, sendo que os recursos estavam assegurados pela Lei ROUANET e também pela Prefeitura Municipal de São Luís, no entanto, a obra encontra-se parada desde o janeiro de 2009, na verdade, ficou só no sonho dos que amam o Centro de São Luís.




Seria uma escola de Formação Vocal-Instrumental voltada para os Jovens Carentes que poderiam se beneficiar de uma Escola de Música, levando arte e principalmente afastando da marginalidade que tantos nos cerca nos dias de hoje.




É de partir o coração quando se observa que seria acima de tudo, um instrumento de inclusão social, mas, infelizmente o Senhor Prefeito, parece não enxergar isso.




Hoje ao passar por lá, me sentei na calçada e fiquei lamentando o abandono e a irresponsabilidade com que assuntos tão importantes são tratados, ou melhor, destratados.




Já que a Prefeitura não irá concluir a Obra, que pelomenos faça a poda das árvores que estão no telhado, mas antes, recomendo que peçam autorização ao IBAMA para não cometerem crime AMBIENTAL, haja vista, que a árvore já cresceu e amadureceu muito mais que a consciência dos que governam essa Cidade.




Acho que já chega de conversa, de projetos e de enganação o que está faltando é atitude, amor, zelo coma coisa pública e perspicácia por parte das autoridades Municipais... Projetos tem muitos, execução, nenhuma. Infelizmente!

segunda-feira, 21 de março de 2011

Carta Aberta Ao Jornalista Décio sá.



Carta Aberta ao jornalista Décio Sá
Boa tarde Jornalista Décio Sá,Primeiramente gostaria de dizer que acho louvável sua postura de tentar mostrar a realidade dura de nosso Estado através de seu blog. Porém, com humildade o alerto que a melhor maneira de conscientizar nosso povo, é sendo verdadeiro em suas palavras. Do contrário, estar...á atuando de acordo com as pessoas que tanto critica.Gostaria de tecer umas críticas em relação a este post( http://www.blogdodecio.com.br/2011/03/18/exclusivo-marquinhos-regadas-e-indiciado/ ) e que, de maneira construtiva, possam ajudá-lo na produção de outros futuros.
A primeira observação será a que: o crime previsto no artigo 345 de nosso estatuto penal é: "exercício arbitrário das próprias razões" e não "uso arbitrário das proprias razões" como foi explanado no post.A segunda observação se forma com base em sua afirmativa de que o Marcos Regadas Filho tenha sido denunciado pelo crime. Bem, levando em consideração que o momento do inquérito policial é uma fase de obtenção de informações acerca do crime, e que não existe o princípio contraditório e a ampla defesa, jamais o indiciado poderia ser denunciado em decorrência do inquérito. Pois a denúncia pressupõe indícios de autoria e materialidade do fato já apreciados pelo magistrado, o que não é o caso ainda. Quando você coloca que ele foi denunciado sem o caso ter passado pela Justiça competente, acaba atropelando e antecipando uma condição ao indiciado, além de que se mostra que está mal assessorado.A terceira observação nos remete a um erro grosseiro no que diz respeito ao referido "PROCESSO". Ora, como podemos falar em PROCESSO sem que ao menos tenha sido proposta a ação? O PROCESSO só começa a vigorar depois que os titulares da ação, no caso as vítimas elencadas, propuserem a mesma. Contudo ao Estado somente é possível tal condição caso ocorresse violência física, o que não foi o caso. Portanto, não podemos falar, ainda, em processo penal. Quando falamos "ainda", é porque como este crime é de iniciativa privada, em regra, somente as vítimas (Reis Jr e Alessandro) podem propor. Caso exista violência, será pública incondicionada, no qual o Estado deverá agir independentemente do desejo das vítimas.Outro ponto importantíssimo a se tratar é sobre a adequação típica do crime: Nosso Código Penal relaciona inúmeras condutas que não são queridas por nosso legislador, com isso quando um cidadão pratica uma delas, deve ser punido na medida de sua culpabilidade. Existem inúmeras condutas tipificadas que se assemelham com outras. Isso nos faz perceber que existem detalhes entre elas que devem ser analisados, caso contrário poderíamos estar agindo com arbitrariedade.
Quando você falou que devido aos "bombeiros" o delito praticado foi abrandado, agiu com absoluta impropriedade e extrema contrariedade ao seu próprio discurso. Já que você mesmo alegou que não pôde analisar o IP devido o sigilo imposto pelo delegado. Como soube que pessoas alheias à situação puderam intervir em qualquer posição a ser tomada?No que tange o sigilo das investigações, posso lhe afirmar que isso é verdade, não por causa de proteção às provas, como disseste no post, e sim por uma das principais características do inquérito policial que é o sigilo, pois todos somos inocentes até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.
Qualquer outra posição exporia o indiciado à condição de réu, o que é inconstitucional. Essa característica, contudo, não impede que os advogados das partes possam ir até a delegacia e acompanhar o caso. Com isso, ilustre blogueiro, percebemos aí um forma tendenciosa de manipular o seu público. O que é incorreto!Para finalizar, destaco que para este inquérito policial ser arquivado, basta que as vítimas elencadas nada façam, pois elas são as titulares da ação. Não é o promotor, nem delegado e muito menos o juiz que tem esse direito-dever.
Portanto Décio, fica claro essa condição de que nós temos o dever de expor nossas indignações no espaço público, contudo, vale lembrar que quando emitimos um juízo de valor viciado e tendencioso, expondo inverdades, com dolo ou sem, acabamos saindo daquela noção de sociedade igualitária que tanto almejamos.Sou um cidadão, conheço somente uma das partes, e não trabalho no serviço público (para não dizerem que estou fazendo "jogo sujo"), mas o meu desejo do fundo coração é viver numa sociedade mais justa e correta, em que as pessoas desenvolvam ações em prol da coletividade e não com atitudes que visam benefício próprio.Mais uma vez quero dizer que minha explanação foi com o intuito de construir e não ofender pessoas.
Com os melhores cumprimentos,
Fábio Henrique.

segunda-feira, 14 de março de 2011

POBRE CARNAVAL DE SÃO LUÍS


No passado, o carnaval de São Luís, foi o terceiro carnaval do Brasil, atrás do Rio de Janeiro e do Recife. hoje, infelizmente observamos um carnaval triste, principalmente por parte da Prefeitura que se resume a uma tal passarela do samba, que diga-se de passagem, todos os anos o senhor prefeito tem que liberar as arquibancadas para que as mesmas não fiquem vazias, pela falta de público.

A passarela tem desfiles pobres, vazios e inseguros. Não se tem segurança por parte da Polícia Militar, muito menos por parte da Guarda Municipal que não guarda nem mesmo o seu Batalhão, haja vista que seu muro está pinchado.

Segundo informações amplamente divulgadas pelo Senhor Paulo Montanha, turismólogo e presidente de uma associação ligada ao turismo “hoteleiros informam que o turismo receptivo em são luis, teve queda de 35% durante o carnaval de 2011 comparado ao ano de 2010”, ou seja é a prova inconteste de que a estratégia está completamente errada por parte das
Secretarias de Cultura e Turismo desta Cidade.

Aliás, hoje, essas secretárias nada mais são do que cabides de empregos que de nada servem , nem orçamento digno as mesmas tem, mas tem tanta gente que se todos forem trabalhar, não tem nem lugar para sentar.

A Prefeitura de Recife gastou em 2010 simplesmente 30 milhões de reais e teve um lucro de 450 milhões de reais com os seus mais de 700 mil turistas que lotaram todos os hoteis e pousadas daquela localidade.

AQUI, SE ALGUM TURISTA VEM, NÃO PODE TOMAR BANHO NA MAR, POIS ESTÁ POLUÍDO, O CENTRO HISTÓRICO A MINGUA, MAL CUIDADO, SUJO, FEDORENTO ALÉM DA INSEGURANÇA PREVALECER E DAS ATRAÇÕES SEREM MUITAS VEZES PÍFIAS E TACANHAS.
No Pernambuco, os organizadores são preparados, qualificados, responsáveis e tem uma infra-estrutura e orçamento perfeito. Deram brilho e segurança a uma festa já consagrada e tradicional, enquanto a de São Luís ficou no mesmismo e na pobreza de sempre.Acorda Prefeitura de São Luís e trabalhem, aliás, SUGIRO que façam um estágio em Recife- Salvador – Rio de Janeiro, Ouro Preto, Pirinólis e até mesmo em Parnaíba (piauí), para assim, aprenderem como se deve trabalhar em turismo.
AINDA TEM SECRETÁRIO QUE FICA FAZENDO BIQUINHO COM A REALIDADE. CADA UMA!
CAMARILHA DE APROVEITADORES DO DINHEIRO PÚBLICO

domingo, 13 de março de 2011

O PRIMEIRO AUTOMÓVEL NO MARANHÃO




O tempo era o do fraque e da cartola! Carruagens e tílburis circulavam pelas ruas de São Luís, conduzindo cavalheiros e circunspectos e damas de estirpe. Bondes puxados por parelhas de muares ligavam o centro da cidade à Madre Deus, aos Remédios e ao Caminho Grande. Locomotivas a vapor impulsionavam trens demandando a Vila do Anil. O Maranhão crescia e progredia. Na capital, funcionavam o serviço telefônico e a comunicação telegráfica via Cabo Submarino, o algodão liderava a pauta dos produtos de exportação, vapores singravam nossos rios transportando passageiros e mercadorias, “paquetes” aportavam no ancoradouro da Beira-Mar, as casas comerciais da Praia Grande vendiam ao mundo e compravam do mundo, e negociantes investiam na indústria. Em 1894, somente no setor têxtil, encontravam-se em funcionamento no Maranhão, doze fábricas, nove em São Luís, duas em Caxias e uma em Codó. Os ludovicenses freqüentavam a sorveteria de Adolpho Cohen na rua Formosa, o Café Riche, de Lino Moreira, a Praça de Touros no Anil, o Velódromo no Tivoli, o Hipódromo no Campo d’Ourique, as quermesses no Largo do Carmo e no Largo dos Remédios, os salões de dança do Clube Euterpe Maranhense e também assistiam a espetáculos de companhias estrangeiras no Theatro São Luís. O intercâmbio comercial e cultural, o recebimento de jornais, de revistas e da correspondência dos filhos que aprimoravam conhecimentos em Portugal, França, Inglaterra e Alemanha, mantinha a elite maranhense informada das novidades que afloravam no Velho Continente. As antigas, enormes e pesadas “carruagens sem cavalos”, movidas pelo barulhento e fumacento motor a vapor, (iguais àquela que Joaquim Nabuco de Araújo possuiu no Rio de Janeiro e foi destruída num abalroamento, quando dirigida por Olavo Bilac), estavam sendo substituídas por um veículo de carroceria leve, design moderno e motor a explosão de petróleo – invenção dos alemães Karl Benz e Gottlieb Daimler. Surgia o “automobile”, em português, automóvel. No Brasil, o automóvel chegou na década de 90, do século XIX. Em 1891, em São Paulo, Alberto Santos Dumont passeava num Peugeot, motor de 3,5 HP, comprado por seu pai na Usina de Valentigney, na França. Em 1900, no Rio de Janeiro, o engenheiro Fernando Guerra Duval importou um Decauville. Naquele mesmo ano, José Henrique Lanat, industrial francês radicado em Salvador, recebeu um Clément. No Maranhão, o introdutor do automóvel foi nosso conterrâneo Joaquim Moreira Alves do Santos, o “Nhozinho Santos”, como era carinhosamente chamado pela família e pelos amigos. Em novembro de 1905, regressando à terra natal, formado técnico em indústria têxtil, na cidade de Liverpool – Inglaterra, “Nhozinho Santos” trouxe na bagagem a maravilha tecnológica da época: um automóvel inglês Speedwell, modelo Phaeton (um “open touring car” ou carro descapotável para passeio), de quatro lugares, motor De Dion Bouton, monocilíndrico, a gasolina. Antevendo o sucesso que o automóvel faria em São Luís, tomou a iniciativa de ensinar alguns empregados da sua empresa Fabril, a dirigir. Os dois primeiros habilitados, Sabastião Raimundo dos Santos e Otaciano Pereira, tornaram-se chauffeurs profissionais, desempenhando aquela atividade até quando a idade permitiu. Sebastião foi proprietário de automóvel de praça, e seu último carro, um reluzente Mercury, cinza claro, ano 1951, fazia ponto no Posto Vitória. Otácio, nome com o qual Otaciano ficou conhecido, trajava impecável farda inseparável képi da mesma cor. Ao longo de muitos anos, foi motorista particular do industrial Adhemar Maia de Aguiar. À frota de quatro veículos, três automóveis e um auto-ônibus, então existente no primeiro decênio do século XX, com o curso dos anos, incorporaram-se novos exemplares fabricados na Europa. Em 1914, já havia uma empresa local explorando os serviços de aluguel de automóveis. Naquele ano, no dia 17 de abril, aconteceu o primeiro acidente de trânsito em São Luís. Um automóvel da firma Teixeira & Branco, conduzindo em seu interior o desembargador Bezerra de Menezes, descia com velocidade adequada a rua do Sol. Aproximando-se o veículo da rua dos Craveiros, surgiu repentinamente um menor correndo atrás de uma bola, e apesar da destreza do condutor, o atropelamento foi inevitável. A vítima faleceu no local. O motorista foi inocentado, contribuindo para esse ato de justiça o depoimento do passageiro e de pessoas que presenciaram a lamentável ocorrência. Naquela época, os candidatos a chauffeur amador e chauffeur profissional eram examinados por uma banca presidida pelo Intendente (Prefeito), tendo como membros Joaquim Moreira Alves dos Santos (Nhozinho Santos) e o engenheiro eletricista Antonio Nogueira Vinhais, sendo que os três examinadores assinavam as carteiras dos aprovados. Com a eclosão da 1ª Guerra Mundial, ficou prejudicada a importação de veículos europeus, surgindo a oportunidade para que os fabricantes da América do Norte colocassem aqui suas “máquinas’, conquistando o mercado. Em 1927, os entusiastas do automobilismo obtiveram permissão legal para organizar corridas de automóveis, e a praia do Olho d’Água foi o local escolhido para as disputas. Das primeiras competições realizadas, em 21 de agosto, 18 de novembro e 4 de dezembro, apresentaram-se veículos das marcas Willys Knight, Buick, Overland Six, Chevrolet e Studebaker, entre outras. A maior velocidade foi de 110 quilômetros, desenvolvida por um Buick Master, motor de 6 cilindros e 70 HP, pilotado por Wilson Nova da Costa, que recebeu como prêmio uma medalha de ouro oferecida pelos concessionários J. Aguiar & Cia. As duas primeiras chauffeuses de São Luís, Maria José (Zezé) Jorge e sua irmã Gracinha Jorge Martins, em 1930 passeavam pela cidade dirigindo seus automóveis Bentley e Plymouth. Na década de 30, os veículos de maior representatividade eram o Bentley de Zezé Jorge, a limousine Buick Eight, carro oficial do interventor federal Paulo Ramos e a limousine conversível Fiat, de Gracinha Gândra Pereira. No pós-guerra destacaram-se os top de linha famosos como o Lincoln Continental, do industrial Alberto About, o Chrysler conversível, do médico Nunes Freire, e os Cadillacs “rabo de peixe” do industrial Eugênio Barros e do comerciante Paulo Abreu. O automóvel, outrora símbolo de status do seu proprietário, foi se transformando num indispensável meio de transporte para as famílias. Neste quase centenário da chegada do primeiro automóvel ao Maranhão, circulam pelas ruas e avenidas de São Luís, segundo dados oficiais, 135.000 veículos. Joaquim Moreira Alves dos Santos, o “Nhozinho Santos”, além de ter sido o introdutor do automóvel no Maranhão, também pioneiro de muitas outras novidades. Era filho de Ana Joana Moreira Neta dos Santos e do imigrante português Crispim Alves dos Santos, então proprietário da Companhia Fabril Maranhense, de casa comercial na Praia Grande, principal acionista e diretor do Banco Hipotecário e Comercial do Maranhão, co-fundador da Companhia Telefônica do Maranhão, vice-presidente da Associação Comercial e vide-cônsul honorário de Portugal. Nhozinho Santos casou-se com Amália Carvalho Branco dos Santos, com quem teve seu primeiro filho, Crispim Alves dos Santos Neto. Euviuvando, contraiu segundas núpcias com Maria Sousa dos Santos (Dona Cotinha), nascendo José Sousa dos Santos, seu segundo filho. Com o falecimento prematuro do pai e, poucos anos depois, do seu tio, João Alves dos Santos, Nhozinho Santos assumiu a direção dos negócios da família, dirigindo todos os empreendimentos com largo descortino, até que, no final dos anos 20, desligou-se das empresas, transferiu a direção das mesmas aos seus irmãos Manuel (Maneco) e Antonio (Totó) e mudou-se para o Rio de Janeiro, onde residiu por muitos anos num enorme casarão na Rua Xavier da Silveira, no então elegante bairro de Copacabana, até o seu falecimento.