terça-feira, 14 de setembro de 2010

Reflexão e Lembrança. Pavor e Medo!

























Falta muito pouco para as eleições de 2010 e, irei dar meu posicionamento a respeito dessas eleições no que tange o Turismo.

Se Roseana Sarney ganhar, certamente manterá o serelepe Tadeu Palácio e com ele, a incompetência, o descaso a arrogância e a soberba irão continuar.

Se Flávio Dino Ganhar, certamente as coisas poderiam ser diferente, sobretudo pela sua honestidade, sua competência e sua vontade de fazer.

Caso Jackson Lago ganhe, o problema pode ser mais sério, pois durante seu Governo o turismo pagou pelo despreparo do Ex Governador a frente do Estado.

Segue a íntegra o Artigo que escrevi e que foi Publicado em um Jornal da Cidade durante o Governo Jackson Lago:


O turismo em decadência.
Falta de planejamento do governo Jackson Lago.


Há muito tempo venho alertando para a falta de planejamento do turismo no Governo Jackson Lago e na Secretaria de Turismo do Estado do Maranhão. Incrível, mas ainda vivemos das propagandas e ações feitas no passado, sem, contudo, ter sido levado avante os projetos deixados.

Em breve retrospectiva, mostramos como o turismo se desenvolveu em nosso Estado:

Em 1965, José Sarney é eleito Governador do Maranhão e, logo constrói a Ponte sobre o Rio Anil, hoje conhecida como Ponte Gov. José Sarney levando o desenvolvimento para a região das praias, evitando o risco de termos mais casarões destruídos para dar lugar à construção de novos prédios a exemplo do Caiçara, João Goulart, Bem e o Ed. Colonial.
Depois em 1979, João Castelo cria a Maratur, a Secretaria de Cultura do Estado, e inicia o projeto Praia Grande.

Nos idos de 1987, Cafeteira cria o projeto “Reviver” revitalizando muitos casarões do Centro Histórico, dotando aquele espaço com uma infra estrutura de apoio à aquele que nos visita: lojinhas de artesanatos, bares, restaurantes, contando com uma substancial ajuda do Presidente Sarney.

Em 1993, o Gov. Lobão cria o projeto Piloto da habitação do centro histórico, revitaliza o teatro Artur Azevedo e constrói a Avenida Litorânea.

Contudo, foi o Governo Roseana responsável pelo maior impulso e desenvolvimento turístico verificado no nosso Estado. Como marco inicial, criou o Plano Maior de Turismo, onde vários pólos foram eleitos como os Lençóis Maranhenses, Delta das Américas, Chapada das Mesas, Floresta dos Guarás, São Luis, Alcântara, São José de Ribamar, Raposa, dentre outros. Modificou-se o plano diretor da cidade, atraindo, assim, investidores das redes hoteleiras do Brasil e do mundo inteiro, divulgando a nossa potencialidade pelo mundo afora, sendo conferindo em 1997, o honroso título de Patrimônio da Humanidade. A partir daí, maior política de desenvolvimento aconteceu, e o resgate ao passado teve início com a substituição da rede elétrica aérea, pela subterrânea, o remanejamento do asfalto em vários pontos do centro histórico; foram criados vários museus, mostrando nossas belezas e riquezas culturais; instalada a morada das artes, no Centro histórico; urbanizou-se a Lagoa da Jansen, com uma política de saneamento, com as Estações de Tratamento dos esgotos, além de um desenvolvimento hoteleiro de grande envergadura.

No governo Roseana Sarney o turismo ganhou dimensões surpreendentes, a nossas belezas paisagísticas e culturais, serviram de cenário de novelas, documentários, propagandas, revistas, feiras nacionais e internacionais, propiciando maior incremento da receita tributária e fomento de emprego, tudo estimulado pelo slogan: Maranhão segredo do Brasil. Como se tratava de um turismo sazonal, fortaleceu de maneira grandiosa nossa cultura dando apoio a festa do carnaval, São João, criou-se o Vale Festejar, deu vida a festa do Divino Espírito Santo em Alcântara, conhecida além fronteiras, festejo de são José de Ribamar e carnaval do lava prato, Carnaval fora de época e Festival internacional de Reggae dentre outros...

Hoje, infelizmente, o que observamos é a presença dum governo sem força, Sem atitudes, sem planejamento. Um secretário e uma equipe que não disse a que veio e teve como grande obra: desfazer o que foi feito no governo Roseana Sarney. Quase perdemos o título de Patrimônio da Humanidade pelo descaso que o Governo tem com o nosso acervo. Os casarões servem de estacionamento. Nossas praias poluídas,nossa litorânea completamente abandonada os bares perdendo seus padrões pela falta de fiscalização, os nossos logradouros públicos abandonados, os banheiros públicos sem a mínima condição de funcionamento. No centro histórico, observamos escuridão, prédios tombando, prostituição, mendigos, hippies aos montes se apossando das ruas, dos bancos públicos afugentando os turistas com sua insistência e seu mau cheiro, falta de segurança predominante, a Feira da Praia Grande e o mercado central sem o apoio do governo, com suas instalações hidráulica, elétrica e sanitária bastante comprometida. Inviabilizando de levarmos os turistas nestes locais. Os projetos deixados pela Gerencia Metropolitana, foram abandonados de maneira criminosa e, como exemplo, o projeto de reurbanização do Aterro do Bacanga os vivas a expansão da litorânea dentre outros.

Enfim, o projeto de habitação do centro histórico foi esquecido, o tráfego de carros ameaça o nosso patrimônio, o comercio informal não tem regras se apossando das calçadas e ruas dando assim um aspecto feio e empobrecedor, não temos mais divulgação das belezas naturais, culturais e históricas do nosso Estado, o sistema de esgoto se mostra a céu aberto, com ratos e baratas afastando as pessoas que querem jantar ou almoçar ou, simplesmente, sentar para conversar na praia grande. Cachorros e gatos com as mais diversas doenças possíveis, andando livremente, sem que nenhuma ação seja tomada. As praias impróprias para banho, a lagoa abandonada e nossa serpente que faz alusão a nossa maior lenda sendo esquecida e consumida pelas ações do tempo. Escadarias e calçadas quebradas e o cheiro de urina e lixo insuportável e pasmem, mais acentuado na esquina do prédio da Secretaria de Turismo do Estado. O projeto do Forte de São Luis foi abandonado, na muralha em vez de fortaleza existe o mato crescendo e os canhões que foram encontrados estão jogados ao relento. Não foi feito nenhum concurso para os turismólogos, sendo os cargos preenchidos por companheiros partidários. Não existe material de Divulgação e Promoção das nossas belezas, história e cultura, na Secretaria de Governo, a não ser o pobre mapa, disponível quando o turista pede. Enfraquecemos de maneira triste o carnaval e o São João e os resultados são os piores possíveis. Agências se fecham, lojas de artesanatos sofrem prejuízos incalculáveis, o Ceprama está a míngua, os museus são fechados nas férias, os projetos "dez mais" do então prefeito Jackson Lago, não saiu do papel nem quando Prefeito, nem quando Governador, empregos se perdem e não fazemos mais parte da rota de consumo turístico e deixamos de participar do concurso das 7 maravilhas naturais do mundo com os Lençóis Maranhenses pela falta de pagamento de uma taxa de U$ 199,00. isso mesmo, U$ 199,00. Não chegam mais vôos charters(fretados), navios turísticos não aportam no nosso porto, os turistas que vão a Alcântara dividem a lancha com galinhas, patos, porcos, defuntos, cheiro de gasolina e, ultimamente, enormes atrasos e panes diárias, comprometendo a vida das pessoas, não fazemos parte dos programas do Prodetur, Caravana Brasil, Monumenta e os programas de qualificação do Sebrae não chegam por estas terras, perdendo assim para o Pará, Ceará, Piauí, Goiás, Tocantins e até o Acre.

O mais estarrecedor é o comportamento do Secretário de Turismo, João Martins Neto, cuja marca registrada tem sido a incapacidade gerencial, e a maneira lacônica como se apresenta diante dos fatos, com divulgações inconseqüentes: apresenta uma pesquisa na qual 0,20% dos nossos turistas vão para Barreirinhas de Trem e que no ano de 2008, tivemos a marca histórica de 360 mil turistas visitando o nosso Estado, ou seja, 986 turistas desembarcando no nosso aeroporto diariamente, competindo assim com a Bahia, Ceará, Pernambuco e Rio de Janeiro. Gostaria de saber quanto o Governo do Estado pagou por essas pesquisas, pois não passam de números criados para dar uma justificativa e, diga-se de passagem, justificativa irresponsável.

Sem dúvida, que o seu desempenho à frente duma pasta tão importante foi decepcionante, o que nos permite eleger como o pior secretário e a pior equipe de turismo do Brasil e o governo do Estado não tem o mínimo planejamento estratégico ou sustentável para o nosso falido turismo. Só nos resta esperar e torcer para que a apatia que beira a patetice do Governo e da secretaria e de toda sua equipe não consuma mais dois anos de Governo. Que volte os bons tempos no turismo e que o novo governo tenha a sensatez de trocar o Sr. Secretário de turismo, João Martins Neto e toda sua equipe.

Com a palavra o Governador do Estado, o Secretário de Turismo e toda sua equipe.

Que Deus nos ajude!
* Artigo Publicado por mim No Jornal O Estado do Maranhão no final do ano de 2008 e nele, retratei o que foi o turismo no Governo Jackson Lago, para Minha decepção!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O Espigão E O Dilema De Sua Construção





Na minha visão, os erros estão no passado, onde não havia uma política ambientalista resultando assim em muita construção que acabou prejudicando nosso eco-sistema.

No Governo José Sarney, construiu-se a Barragem do Bacanga. Essa construção acabou sendo prejudicial para o Rio Bacanga, pois o mesmo foi assoreado, causando a perda de seu volume de água e, os sedimentos ao invés de serem jogados para fora, foram se acumulando nas margens do antigo navegável Rio Bacanga!

Depois, no Governo Epitácio Cafeteira, tivemos um crime cometido não só contra o meio ambiente mas também contra os cofres públicos, onde naquele ponto, literalmente, enterrou-se muito dinheiro para se fazer o inútil Aterro do Bacanga.

Depois de todos esses acontecimentos, tanto o Rio Bacanga quanto o Rio Anil foram morrendo aos poucos e hoje não se tem mais de 20% do volume de água que existia nos anos 50. No local que hoje chegam “na marra” as embarcações oriundas de Alcântara, atracaram-se navios de grande porte na Rampa Campos Melo. Inclusive, nesse local, no dia 16 de março de 1954, deu-se a explosão e o trágico naufrágio do Navio Maria Celeste onde três mil cilindros de combustível e mil cilindros de parafina queimaram por três dias e acabou vitimando 16 pessoas e ferindo gravemente tantas outras.

Mas isso é só um fato para se mostrar que naquela grande área, tínhamos um calado profundo e era além de tudo o antigo porto da cidade de São Luís.

Infelizmente, hoje não temos mais aquela navegabilidade de outrora. Atualmente, temos que ter horários precisos e ainda assim as embarcações ameaçam encalhar pelo pouco calado hoje existente.

Estudiosos afirmam que os sedimentos avançaram 300 metros em direção a esses pontos citados, havendo assim a sanilização do Rio e conseqüentemente a sua morte, bem como a dos peixes. Inclusive esse local pode transformar-se em uma grande laguna que vai da Ponta D´Areia à Ponta do Bonfim, ocorrendo até o nascimento e crescimento de uma espécie de planta que prolifera um odor insuportável, como na Lagoa da Jansen em outros tempos.

Levando-se em consideração todos esses problemas, no dia 30 de Maio de 2007, resolveu-se fazer uma primeira reunião de empresários a respeito da tal construção do espigão na Praia da Ponta D´areia, pois além de tudo, a maré começava afetar os luxuosos prédios daquela localidade e claro, a “elite preocupada” com o meio ambiente, chamou a atenção das autoridades.

O projeto da construção do espigão foi executado pela Vale e apresentado para o então Prefeito de São Luís Tadeu Palácio que prontamente se interessou pelo projeto e prometeu executá-lo por um valor de 20 milhões de Reais, o que não passou de mais um blefe do ex-prefeito, que por sinal, saiu da prefeitura sem ter feito uma única obra impactante para São Luís.

O problema foi se agravando e então o ex-Secretário Max Barros, no dia 24 de Fevereiro de 2010, prometeu executar e finalizar o projeto em um prazo de 60 dias por um valor de 12 milhões de Reais. Porém, até hoje não saiu do papel e a erosão começa a preocupar novamente. Recentemente, uma maré forte acabou levando boa parte da calçada e da pista próxima ao Corpo de Bombeiro.

Fiquei muito curioso em saber onde iriam parar os 8 milhões restantes, haja vista que a obra terá os mesmos 572 metros de extensão mar a dentro, com a mesma largura de 7 metros no começo e 13 metros no final, contendo também a mesma altura de 4 à 14 metros em terreno natural, permitindo ficar 1,4 metros acima do nível do mar em situação de maré cheia.

Conversando com um amigo engenheiro, ele disse-me: Fábio, nem 20 nem 12, 8 milhões seriam suficiente para a conclusão da obra!


Essas espertezas que o Maranhão com altivez produz lembram-me o célebre Padre Antonio Vieira que em 1654 proferiu o Sermão “Da Quinta Dominga da Quaresma” e dizia:


“Que letra trocaria ao nosso Maranhão? Não há dúvida de que o M. M de Maranhão, M de Murmurar, M de Motejar, M de Maldizer, M de Malsinar, M de Mexericar, e, sobretudo, M de Mentir. Mentir com as palavras, com as obras e com os pensamentos que de todos e por todos os modos aqui se mente.”


Qualquer semelhança com os dias atuais não é mera coincidência e sim a proliferação de políticos “espertalhões” que o Maranhão inventa por todos os séculos e todos os séculos. Amém!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

São Luís é eleita Capital Americana da Cultura 2012





Um motivo para se sorrir!!!!!!!

São Luís é eleita “Capital Americana da Cultura 2012”

O presidente do Bureau Internacional de Capitais Culturais (www.ibocc.org), Xavier Tudela, anunciou, nesta quarta-feira (01), que São Luís foi eleita a “Capital Americana da Cultura 2012”. O título coincidirá com o 4º Centenário de São Luís, única cidade brasileira fundada por franceses.


Ao saber da notícia da eleição de São Luís como referência cultural da América para o ano de 2012, o prefeito João Castelo disse que a capital está honrada com mais esta distinção, pois é multicultural e tem uma riqueza de manifestações que a levou a ser a Capital Brasileira da Cultura em 2009. “É com alegria e satisfação que recebemos a notícia de que a nossa querida São Luís acaba de ser eleita Capital Americana da Cultura 2012. É uma honra para a cidade que também é Patrimônio da Humanidade”, enfatizou.


João Castelo lembrou que os preparativos para as comemorações pelo 4º centenário da cidade já começaram e que o título de “Capital Americana da Cultura 2012” será mais um estímulo para essa grande festa. “Por uma feliz coincidência, em 2012, São Luís completará 400 anos de fundação”, disse o prefeito.


O Centro Histórico de São Luís foi declarado Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco em 1997 e possui uma arquitetura colonial com cerca de 3.500 edifícios distribuídos pela área central da cidade. A capital maranhense é conhecida também como a “Atenas brasileira” pela grande quantidade de escritores e poetas que viveram na cidade no século XIX.


Potencializador do turismo - Para o secretário municipal de Turismo, Liviomar Macatrão, essa nova certificação será mais um potencializador do turismo local e servirá como fator de promoção da cidade no Brasil e no mundo, gerando emprego e renda, além de cultura e outros benefícios sociais.


“Assim como em 2009, quando São Luís foi a Capital Brasileira da Cultura, várias ações serão realizadas para fazer jus a mais esta certificação. Nossa vasta cultura, nossa gente e nossos atrativos naturais, gastronômicos e arquitetônicos são a maior riqueza da cidade. Sermos reconhecidos por isso é fundamental para uma capital com alto potencial turístico como São Luís”, disse Liviomar Macatrão.


Em 2009, São Luís foi eleita a “Capital Brasileira da Cultura”, título que tem como objetivo valorizar o patrimônio artístico e cultural das cidades de diversos países do mundo, promovendo-as, dando suporte na realização de eventos e divulgando suas riquezas. Com isso, a diversidade cultural da cidade foi potencializada e divulgada para todo o mundo através de vídeos, sites, notícias e etc.




EM BOX


Capitais Americanas da Cultura


2012 São Luís (Brasil)

2011 Quito (Equador)

2010 Santo Domingo (República Dominicana)

2009 Asunción (Paraguai)

2008 Brasília (Brasil)

2007 Cusco (Perú)

2006 Córdoba (Argentina)

2005 Guadalajara (México)

2004 Santiago (Chile)

2003 Panamá/Curitiba (Panamá/Brasil)

2002 Maceió (Brasil)

2001 Iquique (Chile)

2000 Mérida (México)

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Esclarecimentos...




Em 14 de Julho de 2010, escrevi um duro Artigo sobre a gestão do Prefeito João Castelo a frente da Prefeitura Municipal de São Luís.
Muitos pontos apontados por mim foram rebatidos pelo Senhor Secretário Municipal de Turismo Liviomar Macatrão que cordialmente enviou-me as explicações a respeito dos locais citados por mim.

Gostaria antes de tudo, de mostrar meu respeito pelo meu ex-professor e atual Secretário de turismo e, afirmar que confio na sua visão e principalmente na sua vontade de fazer de São Luís um grande pólo de Turismo, no entanto, nem tudo depende somente de sua boa vontade e de seu trabalho, mas, pelomenos temos um técnico a frente de uma pasta tão importante e fundamental para o desenvolvimento da nossa Cidade.

Obrigado pelas explicações e conte com este BLOG para divulgação do seu trabalho e das melhorias a frente do nosso turismo que infelizmente anda em baixa, bem como este BLOG mostrará alguns pontos que podem ser melhorados para que assim, os turistas saiam com uma melhor visão a respeito da nossa Cidade.

Respeitosamente,

Fábio Henrique Farias Carvalho.

Segue a baixo as explicações do Senhor Secretário Liviomar Macatrão:

Prezado Fábio Henrique, segue abaixo alguns esclarecimentos em relação a alguns de seus artigos. Vale ressaltar que além de tudo que está escrito abaixo, o projeto do Museu da Gastronomia, quando assumimos já estava parado e descobrimos que apenas 500m2 de reboco estava contratado quando o prédio necessita de 1812m².


Segue eabaixo algumas considerações:


Prezado Fábio Henrique, Lendo periodicamente os jornais e blogs especializados de turismo me deparei com seu artigo intitulado: “Centro Histórico e o Castelo de Areia”. Li atentamente e constatei algumas informações que não estão devidamente esclarecidas. Lembro-me que tentei explicar estes mesmos pontos dispostos em seu artigo pela uma rádio de São Luís, mas infelizmente o tempo não me deixou estender o embate. Prontamente abri as portas do gabinete da Setur pra você e ter o prazer de explicar todas as ações da Secretaria.


Como meu ex-aluno sabe da seriedade e honestidade que permeia minha história tanto como cidadão quanto como profissional do turismo. Com minha experiência, adquirida durante estes anos de estudos e pesquisas, percebi que os problemas estruturais de nossa cidade, mais especificamente falando do Centro Histórico da capital, são muito mais que culpa tão somente na iniciativa pública. Perpassam por aí falta de educação ambiental da população, depredação, intempéries do tempo, e falta de recursos, na maioria das vezes refletida por brigas políticas. Nosso trabalho no CH é árduo. Técnicos da Setur monitoram trimestralmente as principais vias de circulação de turistas e fazem um “Diagnóstico do Centro Histórico” expondo os problemas dos logradouros, como asfaltamento ou composição das pedras, iluminação, e etc. Depois enviamos este diagnóstico para a Semosp que faz, na medida do possível, as adequações. Já foram restauradas mais de 50 localidades e outras ainda serão feitas, pois o prefeito conseguiu recursos específicos para obras no CH.


Posso afirmar também que projetos da antiga gestão não foram jogados no lixo ou abandonados. Digo que todos os projetos anteriormente executados estavam ou impróprios no ponto de vista da responsabilidade fiscal (dando apenas prejuízos para o município ou insípidos ao segmento a qual foram criados) ou incompletos. Senão vejamos, o Informante Jovem tinha um ótimo objetivo: incluir jovens em idade e localidades de risco em um projeto de apoio ao turismo local. Muito bom, mas a prefeitura podia mais. Por isso, nesta gestão, além dos mesmos jovens, incluímos idosos e pessoas com deficiência. Aumentamos o número de participantes, mesclando juventude, experiência, e força de vontade. Nada mais justo que batizar este projeto de Informante Anfitrião. Você pode conhecer o trabalho dos executores em 14 pontos da cidade.


A trilha do Maracanã, que trabalhará o turismo ecológico, está em vias de reiniciar. O projeto está parado não por iniciativa da Prefeitura ou da Setur, mas sim por alguns problemas na parceria com a Associação Comunitária Maracanã e Turismo (Acomtur). Aproveitamos este meio tempo para realizar consultorias de profissionais que atuam na área do turismo ecológico e treinamento dos agentes da Acomtur, grandes parceiros da atividade. Lá, na trilhas, também haverá atuação do projeto Informante anfitrião, além de instalação de placas de sinalização que fazem parte do Projeto de Sinalização Turística.


Quanto o Turismo Náutico, as atividades estão paradas pela burocracia da liberação de recursos para a construção do píer. Tivemos ótimas notícias em relação a isto, pois sabemos que o recurso está para ser liberado e assim poderemos iniciar a obra e a continuidade das ações, aproveitando a bela orla ludovicense. O projeto em 3D do píer está pronto e posso afirmar que ficará lindo.


O Projeto Cores de São Luís é outro grande plano. Faremos a pintura da fachada de vários pontos turísticos na capital maranhense e neste primeiro momento será a Casa das Tulhas. No local, Já fizemos diversas obras como limpeza de telhado, melhoria na rede elétrica, reforma em banheiros e limpeza em esgotos do local, com apoio das secretarias competentes. Em breve estaremos fazendo o restante da obra, a partir do realinhamento dos custos e do apoio de nossos parceiros. Tenha certeza que estamos trabalhando arduamente para realizar esta obra.


Segue, em anexo, a Proposta de Prestação de Serviços para Desenvolvimento do Projeto de Criação do Museu da Gastronomia Maranhense, onde ficam explícitas questões primordiais para a execução da obra. Erros crassos no projeto anterior fizeram com que parássemos a obra. Teremos que ajustar ao que planejamos desde do início. Apenas para exemplificar, dois itens: O espaço é pequeno para todas as atividades previstas anteriormente e a inversão de etapas de trabalho, onde um plano curatorial foi deixado de lado em detrimento de outras atividades.


Por tanto deixo aqui meu convite para que possamos esmiuçar todas suas dúvidas, passando à comunidade a informação na sua plenitude e correção. Reitero minha admiração pelo seus profissionalismo e sensibilidade aos problemas da capital maranhense que tanto nos orgulha. Não fecho meus olhos pro inúmeros problemas que a cidade tem, mas toda a Secretaria Municipal de Turismo está batalhando para que nosso turismo seja um alavancador de riquezas para cidade, seja gerador de emprego e renda, bem estar social, segurança, entre outros benefícios que são aproveitados por grandes potências mundiais.


Estou à sua disposição para os demais esclarecimentos.

Liviomar Macatrão