quinta-feira, 22 de julho de 2010

Na Ausência de Banheiros Públicos o Centro de Criatividade Odylo Costa Filho Fecha os Seus.







Tudo que costumo escrever no meu blog, jornais impressos ou falar nos programas de Rádio AM, tem um fundamento e são documentados na maioria das vezes. Faço isso porque podem gostar mais ou gostar menos do que digo, mas não podem contestar fatos que são corriqueiros e que envergonham a população desassistida do Maranhão.
Escrevendo sobre a falta de banheiros públicos, resolvi fazer um levantamento dos bons banheiros que supostamente teríamos para usufruto da comunidade e conseqüentemente dos turistas que nos visitam. Para minha surpresa, entrei no Centro de Criatividade Odylo Costa Filho e ao procurar um banheiro público, me deparei com uma placa impressa por sinal de muito mau gosto que falava assim:
“não temos banheiros públicos, não insista. banheiros públicos estão na Praça Nauro Machado”
Ao ler aquilo, tomei um susto, mas resolvi entrar no banheiro mesmo assim e para meu espanto observei por lá um banheiro bom, com portas que funcionam, toaletes espaçosos e limpinhos, com papeis higiênicos e cheirinho agradável, mas fiquei pensando naquela placa de proibição.
Já fiz muitas viagens pelo Brasil e confesso que foi a primeira vez na minha vida que vi um Centro de Criatividade proibir as pessoas de usarem os banheiros da sua dependência, então resolvi perguntar a um rapaz que fazia a guarda do local e tive uma resposta imediata e ridícula para não falar ditatorial:
“Os banheiros são de usufruto dos funcionários da casa.”
Não me conformei e fui fazer uma reclamação em uma sala próxima da escada que da acesso a pequena biblioteca Ferreira Gullar e lá chegando, encontrei um Senhor gordo com camisa de botão aberta até próximo do umbigo, um palito de dentes na boca e calçado com uma chinela havaiana bastante usada. Com um aspecto de preguiçoso e acomodado tinha sobre a mesa uma garrafa de café, talvez para espantar seu sono ou afastar seu tédio por estar alí. Entrei na sala, mas parecia não estar muito interessado em me dar uma informação, afinal, o senhor estava vendo “vale a pena ver de novo” em pleno ambiente de trabalho. Falei boa tarde e perguntei:
- Onde faço uma reclamação?
- sobre o que?
- Sobre o fato de não se poder usar o banheiro que aqui existe.
- Não tenho bloco de reclamação não, era só isso?

Resolvi sair para não atrapalhar sua interessante novela e, nao aturar o seu mau humor também, mas, fui até a Diretora, que infelizmente não estava na casa. Soube então que era a Senhora Ceres Fernandes, fiquei contente, pois é uma Senhora sensata e competente, mas que tomou uma atitude impensada ao decretar que os banheiros eram somente de uso seu e de seus subordinados.
Estou viajando e assim que chegar em São Luís, entrarei em contato com a Senhora Ceres Fernandes e se necessário com o Secretário de Cultura Luis Bulcão para cobrar a liberação dos banheiros e mais, cobrar que naquele local, exista uma pessoa responsável pela manutenção e limpeza dos boxes que além de gerar mais um emprego, manterá o lugar limpo e finalmente aberto a população.
ACORDA MARANHÃO!
Fábio Henrique Farias Carvalho

4 comentários:

Vanilza Freitas disse...

Pior do que não ter banheiro público descente é o fato das pessoas se acomodarem achando certas coisas normais.
Isso porque, você nem tocou no fator "deficiência", quem sofre principalmente são os cadeirantes.
Podia ser que no próximo "post" você falasse um pouco desse descaso.
Bjs:.
Ah, adorei seus textos de conscientização pública.
Quando puder visite o meu!!!

andré gutemberg disse...

que tritesa, até que ponto vamos chegar, para que as autoridades possão tomar uma providência,como são luis pode viver do turismo se não tem,sanitarios publicos , lixeiras nas ruas,carros de passeio, caminhões, esgotos estorados, tudo dentro do centro historico, virou bagunça. seus comentarios são verdadeiros pois isso é a realidade que nos guias de turismo enfrentamos durante um passeio pela cidade.

cida santos disse...

compartilho com voce esses pensamentos,adoro a minha cidade e o conteúdo cultural que a engloba mais fico triste,decepcionada com a falta de compromisso e respeito por ela que as esferas governamentais manifestam a todo momento basta como voce disse passear pelo centro histórico para perceber o descaso que circunda a nossa "ilha dos amores" tão cantada em verso e prosa,hoje tão abandonada.

Anônimo disse...

Peixe, eu me valho é do banheiro do viva cidadão. É limpo, Cheiroso e bem cuidado, não tem dificuldade alguma.