sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O Centro de Referência Azulejar E O Descaso Da Prefeitura.
















Os Salões estão praticamente prontos desde 2008.



















BASTA CLICAR NAS FOTOS PARA AMPIÁ-LAS


































No ano de 2006, a Prefeitura de São Luís, através da Fundação Municipal de Patrimônio Histórico, apresenta a Oficina-Escola de Restauro de São Luís, projeto promovido em parceria com Agência Espanhola de Cooperação Internacional (AECI) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). O projeto conta com o patrocínio do Programa Monumenta/bid do Ministério da Cultura, Sebrae, Caixa e com o apoio das Universidades Federal e Estadual do Maranhão e do Governo do Estado.

A partir desse movimento, surgiu uma série de Estudos e iniciativas no intuito de promover e reabilitar o nosso Sítio Histórico, hoje tão degradado. Em 2008 foi lançado um livro bastante pertinente, intitulado “São Luís Ilha do Maranhão e Alcântara”, prensado em Madri (Espanha).
A Oficina Escola atuaria na recuperação de prédios inseridos no programa de revitalização do centro histórico de São Luís estabelecendo, como primeira meta, a restauração do imóvel situado na Rua da Palma, 360 e do prédio vizinho localizado na Rua Direita 232. Nestes, seria sediado o “Centro Nacional de Referência Azulejar” com grandes exposições, informações e pesquisa sobre a arte de azulejar, atuando, ainda, de forma interativa com visitantes e pesquisadores.
Esta ação seria uma experiência pioneira do tema no Brasil e nela estaria instalada uma exposição permanente, com várias peças do patrimônio azulejar de São Luís e de outras partes do mundo. Ainda teria, além da escola, uma loja que venderia azulejos feitos pelos alunos inseridos no projeto.
Com patrocínio direto da Alcoa e da companhia Vale, através da lei de incentivo à Cultura do Ministério da Cultura, teve início no ano de 2008 a revitalização e concretização desta obra, infelizmente interrompida após as eleições de 2008, ocasionando enormes frustrações a todos inseridos nesse projeto.

A chegada do Senhor João Castelo á Prefeitura de São Luís, além de trazer lembranças dos tempos da Ditadura Militar, trouxe, também, o atraso e a irresponsabilidade de parar com uma obra de tamanha importância.
Já disse em outro artigo que a gestão de Castelo é um fiasco e aqui reafirmo isso. Castelo nada mais é do que o mesmo coronel do final dos anos 70, reeditado no ano de 2010.
Caros leitores, desde janeiro de 2009, ano que sua Excelência assumiu o posto de Prefeito da Cidade, que a obra encontra-se parada. O sonho, a promoção da cidadania, o resgate, a sistematização do saber entre a teoria e prática, sobretudo, a produção e qualidade de mão de obra foi, simplesmente, esquecido pela prefeitura de São Luís na administração do Senhor João Castelo.
O local onde funcionaria um dos maiores centros da arte azulejar do mundo e o primeiro da América Latina encontra-se praticamente abandonado, tendo 75% da sua obra concluída e 25% esperando pela boa vontade de sua Excelência para seu cumprimento.
O fato de não entregar a obra, certamente faz parte de uma estratégia baixa e mesquinha, pois como ela foi iniciada na gestão passada, (logomarca e tapume indicando obra da gestão passada) remete ao Senhor Prefeito um certo “perigo”, confundindo assim, adversário político com inimigo pessoal, esquecendo-se que o interesse é público e o maior prejudicado é o munícipe que se sente lesado. É muito comum nessa nossa província as obras públicas serem abandonadas por simples retaliação política.
Fato é que todo plano de metas feito a partir de 2006, todas as obras iniciadas no ano de 2008 e o plano de ação e revitalização do bairro do Desterro se encontram paralisados, o que se constitui numa gritante agressão ao nosso rico Centro Histórico. Urge, na nossa visão, a necessidade da imediata intervenção do Ministério Público do Maranhão para as providências cabíveis.
Oscar Wild diz que: “Palavras cortam feito vidro na carne”. E eu esperançoso de um maior desenvolvimento turístico cultural na nossa Cidade concluo: “certas atitudes causadas pelos nossos gestores públicos sangram de morte toda uma sociedade”
Que Deus os ajude.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Carta Aberta ao Deputado Joaquim Haickel







Caro Deputado Joaquim Haickel.

Estive analisando o pronunciamento proferido por Vossa Excelência na dita “Casa do Povo” e confesso que me senti feliz por ter visto alguém preocupar-se com o nosso querido Centro Histórico de São Luís.

Trabalho na área de turismo desde 1999 e confesso: Nunca observei minha Cidade tão abandonada.

Certa vez fiz um artigo no qual falava: Não se pode fazer turismo em uma Cidade onde elevou o nível de pobreza dos seus cidadãos ao máximo.

De fato penso isso e quando me deparo com a realidade do Centro Histórico de São Luís, fico envergonhado e infeliz de ver os nossos casarões tombarem ao invés de estarem tombados.

Durante sua fala na Tribuna da Assembléia Legislativa tive a confirmação daquilo que já sabia que era o fato dos nossos políticos não percorrerem o Centro de São Luís e perceberem, In Loco, a real situação do total abandono por que passa todo aquele centro histórico, enfim, de comprovar aquilo que toda sociedade está cansada de saber e ver.

Afirmo-lhe que tanto o Governo do Estado quanto a Prefeitura Municipal de São Luís muito pouco fizeram para manter sempre viva a revitalização da nossa Cidade velha, envolta em belos casarões. Falam descaradamente de amor pela Cidade e da forma como vão revitalizar todo aquele patrimônio que é da humanidade inteira, embora não passe de mais um blefe na maioria das vezes.

No ano passado, o Governo anunciou um amplo projeto de revitalização do Centro Histórico, da Lagoa da Jansen e das nossas praias. Como se vê nada foi realizado, o acordo selado com a sociedade foi descumprido ou então o dinheiro que seria usado nessas operações saiu vestido de fofão ou de irmão metralha no carnaval de 2010.

A vergonha que Sua Excelência passou ao apresentar a Cidade a seus amigos, é a mesma que muitos profissionais da área de Turismo vivem diariamente e a decepção que seus amigos sentiram é a mesma que dezenas de turistas oriundos do mundo inteiro sentem quando aqui chegam. É vergonhoso quando se depara com gestos praticados por estes que, aliás, falam mais que as palavras, de total decepção com estado do acervo histórico como um todo, levando, consigo, uma imagem de uma Cidade em ruínas e de um Estado falido.

Senhor Deputado, Um povo sem memória é um povo sem história e um povo sem história é um povo sem referência. A irresponsabilidade com que tratam o Centro é tamanha que faz, sem sobra de dúvida, perdermos a nossa maior referencia, o nosso maior legado: o Maranhão Colônia e o Maranhão Monarquia.

O mais lamentável é o fato de estarmos prestes a fazer 400 anos, sem que se tenha um plano de ação ou metas a serem cumpridas.

Existem Cidades no Brasil que souberam revitalizar e manter o seu patrimônio histórico e aqui aponto as Cidades Mineiras e as Goianas, com uma ressalva: naquelas localidades houve um empenho de revitalizar todo o patrimônio histórico, incrementando, paralelamente, a receita tributária, com fortes ações voltadas para área do turismo.

Todo mundo cansa de falar que o turismo é a empresa que mais cresce no mundo, que mais gera negócios, que mais emprega que menos polui, mas mesmo assim, o Maranhão como sempre parece ir na contra mão da história.

Temos que salvar o nosso Centro Histórico, temos que montar um movimento em defesa do nosso Patrimônio Secular, já basta de indiferença com essa senhora que fará 400 anos em 2012.

Caro Deputado Joaquim, nunca votei em Vossa Excelência e talvez nunca venha a votar, mas comungo da idéia que sua saída será uma perda enorme para o Legislativo do Maranhão, pois diante de tantos Parlamentares nulos, incompetentes ou sem propostas, uma Figura como a sua fará falta, pela sua lucidez, seu amplo conhecimento e por sua sensibilidade em algumas ações. Na minha ótica a sua ausência trará prejuízos a essa Augusta Casa Legislativa e que bom teria sido se essa lata e propostas tivessem vindo a mais tempo, sem dúvida que todos nós aplaudiríamos e o acervo patrimonial físico do nosso Maranhão agradeceria. Contudo, isso, infelizmente, não mais fará, pelo menos da Tribuna da Assembléia.

Por fim, quero agradecer-lhe pelo discurso proferido em defesa do patrimônio, mesmo que serodiamente. As colocações de que “O problema é realmente a ausência de poder público, de vontade política, de política direcionada à preservação desse patrimônio. A nossa cidade, o nosso casario, é Patrimônio da Humanidade e como tal está relegado ao abandono. Eu gostaria de conclamar os deputados, os vereadores, o prefeito de São Luís, a governadora Roseana, para que juntos possamos fazer um projeto de salvação do Centro Histórico de São Luís, de preservação dos monumentos arquitetônicos da nossa cidade”, ficarão registrado nos anais da casa e, por certo, irão permear meus pensamentos e minhas certezas, por um longo período.

Com os Melhores cumprimentos.
Fábio Henrique Farias Carvalho

Eis a Matéria da Assembléia Legislativa: http://www.al.ma.gov.br/noticias.php?codigo1=18176

A Polícia Militar Não Tem Que Dar Exemplo?

Basta Clicar na Foto para Ampliá-la.


A Polícia Militar do Maranhão tem como missão a manutenção e preservação da ordem pública, no entanto não é bem assim, sobretudo no Centro Histórico de São Luís.
Conforme mostram as imagens, o carro de polícia encontra-se parado em cima de uma calçada de Cantaria em plena Rua Portual, no coração do Centro Histórico de São Luís e onde é proibido trafegar carro.
É imperdoável tal ato, pois aquela área é destinada ao fluxo turistas e cidadãos da Cidade.
O carro se encontra estacionado na frente da Secretaria de Turismo do Estado do Maranhão.
Um verdadeiro absurdo.
Passo a palavra aos Comandantes do Batalhão da Polícia Militar.