quarta-feira, 28 de julho de 2010

Qual a diferença entre o Maranhão e o Afeganistão?‏



* :
Mais uma vez o Maranhão se torna chacota nacional, que lamentável! Mas infelizmente essa é nossa dura realidade.

Meus caros leitores, façamos uma rápida análise sobre o Nosso Estado:
A Capital Federal ainda era no Rio de Janeiro e o Senador Sarney já era Deputado Federal, tornou-se Governador de Estado aos 35 anos de idade e depois disso, veio o Golpe Militar e conseqüentemente, os Governadores Biônicos - sem votos. Sarney foi responsável pelas nomeações de Pedro Neiva de Santana, Nunes Freire e João Castelo. Quase no final da Ditadura Militar foi responsável pela eleição de Luiz Rocha e depois, Eptácio Cafeteira.

Já na Democracia Plena, elege Edson Lobão e em seguida, sua filha, Roseana Sarney por dois mandatos que por sua vez, faz seu sucessor José Reinaldo Tavares que rompe com o grupo Sarney e consegue eleger Jackson Lago(oposição) que teve seu mandato cassado pela Corte Superior Eleitoral dando assim de mãos beijadas o Governo a Roseana Sarney que busca sua reeleição pela quarta vez. Ufa! Que sequência de ações triunfantes para o Clã Maranhense.

Fazer essa retrospectiva é necessário já que este grupo está no poder a 50 anos. É lógico que com esse mesmo grupo surgirá corrupção, imoralidade, falta de ideologia política e conseqüentemente, nomeações descabidas em todas as áreas, pois estão viciados.

Ter visto Arnaldo Jabor colocar o Maranhão ao lado do Afeganistão, pode ter algum exagero, pois no Maranhão não existe guerra e é um Estado laico, mas o índices sociais são os mesmos de regiões como a Afegã e de países miseráveis do continente Africano.

O Maranhão é detentor de três quartos da água potável do Nordeste, do segundo maior litoral do Brasil, de aproximadamente 65% do manguezal deste País, de uma biodiversidade enorme, fauna e flora invejável, povo trabalhador e principalmente, com vocação turística em todos os cantos do Estado, mas nada disso é capaz de reduzir a miséria desse povo.

Temos o pior Idh do Brasil, o maior índice de mortalidade infantil, a pior educação e recentemente, tivemos um dado que das 20 piores escolas do Brasil 5 estão no Maranhão.

Tudo isto tem uma justificativa que é a não renovação dos quadros políticos do Estado, ao contrário de termos grupos políticos fortes, temos verdadeiras quadrilhas preparadas para assaltar os cofres públicos do Maranhão. Hoje, não existe um prefeito que em quatro anos de governo não saia completamente rico, com carros e casas maravilhosas!

Temos o Legislativo atado e as Câmaras Municipais são sucursais do Executivo e a Assembléia Legislativa também. Temos o Judiciário falido e desmoralizado perante a opinião pública devido aos seus membros apresentarem um padrão de vida incompatível com seus salários gerando desconfiança e desesperança.

A Capital São Luís historicamente conhecida por ser a Ilha Rebelde, teve um retrocesso político ao colocar João Castelo na prefeitura. Eu não era nascido e João Castelo já era Governador de Estado, trinta anos depois ele se torna prefeito da maior Cidade do Estado. De fato, não houve amadurecimento dos eleitores.

Por conta dessas escolhas políticas ou melhor, "escórias políticas", pelo fato de votarmos mal estamos em uma situação de chacota nacional e por esse motivo temos os piores índices sociais do país.

Ah, quanto ao fato do TRE do Maranhão “liberar os tais fichas sujas", indo contra uma vontade popular, isso é normal, pois por essas terras a Justiça além de ser parcial, ela só “enxerga” o que lhe convém.

Esse é ano de eleição e temos tudo para poder mudar esse quadro caótico. Depende de nós.


LINK DO COMENTÁRIO FEITO POR ARNALDO JABOR:
http://www.youtube.com/watch?v=5McQyoaWR5Q

terça-feira, 27 de julho de 2010

Mais Um Lamentável Esquecimento























Eu mesmo me questiono às vezes sobre o fato de até o presente momento ter escrito somente sobre problemas estruturais e falta de planejamento da nossa Capital São Luís, mas infelizmente contra fatos não existem argumentos e os fatos são gritantes já os argumentos, meras desculpas por parte dos que realmente deveriam lutar por um bom turismo, por uma cidade mais ORGANIZADA e, conseqüentemente, mais “ENQUADRADA”.
São Luís é uma vergonha, os pontos que deveriam ser preservados permanecem esquecidos e o mais recente é a Praça D. Pedro II que teve sua revitalização feita a pouco tempo atrás pelo Banco Bradesco. Depois de todo esse custoso e árduo trabalho foi completamente esquecida pelo poder público. As escadarias da Igreja da Sé são verdadeiros banheiros públicos a céu aberto, bem como na esquina da casa de Graça Aranha. As calçadas têm suas pedras se soltando sem a devida reposição e o mais grave de tudo é o fato de termos a famosa Mãe d’Água Amazônica, escultura de Newton Sá desativada a dois anos.
Lembro-me de que no passado existia o Hotel Villa Rica e ele era o responsável por sua manutenção, após seu fechamento, a fonte entrou em um processo de abandono até ser revitalizada pelo Bradesco. Depois disso a Prefeitura de São Luís não consegue dar a devida manutenção da praça que está situada na avenida mais importante da Cidade. Aliás, onde a nossa prefeitura consegue ser presente?
Suas águas certamente servem para proliferação de mosquito da dengue, pois água parada remete a isso, sem contar que é comum os lavadores de carro fazerem a barba, escovarem os dentes, lavarem a roupa e até tomarem banho, exatamente no local que deveria servir para leitura, descanso, contemplação e fotos.
A manutenção da praça cabe ao Impur (Instituto Municipal de Paisagismo Urbano), no entanto, esse é mais um órgão da Prefeitura que não funciona e assim vamos observando a importante Praça D. Pedro II cair no esquecimento, sendo mais um espaço que deveria servir para o lazer, mas acaba tendo sua verdadeira função desviada por culpa única e exclusiva da apática Prefeitura Municipal de São Luis.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Após Artigo, Jornal da Mirante Faz matéria a Respeito da Praça Nauro Machado.




Após Artigo feito por mim, Jornal do maranhão Primeira Edção faz matéria sobre o abandono da Praça Nauro Machado.
Eis o Link da reportagem:
http://imirante.globo.com/noticias/2010/07/23/pagina248507.shtml

São Luís / São Luís
23/07/2010 - 15h11

Situação de praça preocupa quem frequenta a Praia Grande
A Praça Nauro Machado virou um local que serve de abrigo para moradores de rua.

TV Mirante
SÃO LUÍS - No coração do Centro Histórico de São Luís, a Praça Nauro Machado, que homenageia um dos mais importantes poetas maranhenses, é um exemplo de como o patrimônio público, reconhecido mundialmente, está esquecido.


A praça é um dos pontos mais frequentados pelos turistas, mas não há onde sentar, a iluminação está parcialmente destruída e o local serve de abrigo para moradores de rua, que ali mesmo tomam banho, fazem comida, afugentando os visitantes.


Uma situação que preocupa quem frequenta a Praia Grande e também o os empresários de bares e restaurantes instalados na área. Assista à reportagem de Mayrla Lima, da TV Mirante.


A Secretaria de Urbanismo e Habitação de São Luís informou que realiza um trabalho permanente nas ruas e praças do Centro Histórico para controlar a ocupação dos espaços públicos.


Com relação às pessoas que utilizam esses espaços como moradia, fazendo uso de drogas ilícitas e de bebidas alcoolicas nesses locais, a Secretaria disse que cabe à Polícia Militar coibir o problema, mas já solicitou apoio ao Comando Geral da PM para que esse trabalho seja realizado no Centro Histórico.


Foto: Flora Dolores/O Estado
GALERIA DE FOTOS

sexta-feira, 23 de julho de 2010

A Nossa Biblioteca Pública e o Seu Triste Esquecimento.




Impressionante! Mas certas imagens ruins acabam fazendo parte do nosso cenário cotidiano e o caso mais recente tem sido a Biblioteca Pública Benedito Leite.
Fundada em 1829 e aberta oficialmente ao público em 1831 teve vários endereços até ser fincada
em 1958 na Praça do Panteon, na parte mais alta e central de São Luís em frente a Praça Deodoro, antigo Campo do Ourique, largo do Quartel e Praça da Independência no terreno onde antes fora edificado o Quartel do 5º Batalhão de Infantaria erguido em 1797 e, provavelmente, o primeiro do Brasil.

Possuidora de estilo neoclássico de grandes proporções tem elementos característicos, tais como cobertura e escadaria de acesso, cúpula central, alas semicirculares e vão de janelas encimados por frontões. Possui no seu interior salão de leitura, um auditório com mais de 200 lugares e terraços onde se pode observar toda a cidade, ficando na esquerda o Rio Bacanga e na direita o Rio Anil.

Tem embutida no seu acervo várias obras de arte e jornais maranhenses que vão desde a independência até mesmo o primeiro jornal do Maranhão e um dos primeiros do Brasil, no caso “O Conciliador do Maranhão de 1821”. Com um renomado acervo de mais 127.000 obras, entre livros, revistas, jornais, obras raras, livros em Braille, folhetos, fotografias, microfilme, manuscritos do século XVIII, diários oficiais, vídeos e documentos referentes a história política do Maranhão. No entanto, tudo isso é desconsiderado por nossas autoridades. Fechada há meses tem somente os serviços administrativos disponibilizados em uma sala do Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho, prejudicando assim centenas de estudantes e pesquisadores.

Teve sua última reforma a 15 anos atrás e desde então foi esquecida, abandonada como é costumeiro no Maranhão. Aliás caros leitores, já observaram como "nesta terra" os Governos só fazem reforma e não dão a devida manutenção até que a situação torne-se periclitante para assim, decretar o tal “estado de emergência”, ou seja, dispensa de licitação, colocando a empresa que achar conveniente e geralmente são as mesmas construtoras. Será maldade minha ou isso é um jogo de interesses que beneficiam alguns políticos que tem “habilidade em fazer sumir o dinheiro do contribuinte"? Penso inclusive que o Ministério Público deveria ser menos omisso e buscar o real interesse dessas dispensas de licitação para que o cidadão não pense mal dos nossos “honrados políticos”.

De fato, é de se lamentar, mas temos que observar o cenário da degradação na praça por onde circulam todos os ônibus da capital, a maioria dos estudantes bem como os trabalhadores. É necessário revitalizar todo esse patrimônio secular e mais, já passa da hora de se fazer uma reforma administrativa no Governo do Estado do Maranhão para que a Biblioteca fique a cargo da Secretaria de Educação e não da Secretaria de Cultura que já muito atribulada com Carnavais, São João e outros parangolés.

Enquanto isso não acontece, vamos passando e observando a triste realidade do povo maranhense que de maneira gritante, afronta o documento básico das Nações - Declaração Universal dos Direitos Humanos que no seu artigo 26 diz:

"1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito."

Passo a palavra aos responsáveis pelo completo abandono da biblioteca pública e pelo descumprimento do documento básico das Nações.
Fábio Henrique Farias Carvalho.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Na Ausência de Banheiros Públicos o Centro de Criatividade Odylo Costa Filho Fecha os Seus.







Tudo que costumo escrever no meu blog, jornais impressos ou falar nos programas de Rádio AM, tem um fundamento e são documentados na maioria das vezes. Faço isso porque podem gostar mais ou gostar menos do que digo, mas não podem contestar fatos que são corriqueiros e que envergonham a população desassistida do Maranhão.
Escrevendo sobre a falta de banheiros públicos, resolvi fazer um levantamento dos bons banheiros que supostamente teríamos para usufruto da comunidade e conseqüentemente dos turistas que nos visitam. Para minha surpresa, entrei no Centro de Criatividade Odylo Costa Filho e ao procurar um banheiro público, me deparei com uma placa impressa por sinal de muito mau gosto que falava assim:
“não temos banheiros públicos, não insista. banheiros públicos estão na Praça Nauro Machado”
Ao ler aquilo, tomei um susto, mas resolvi entrar no banheiro mesmo assim e para meu espanto observei por lá um banheiro bom, com portas que funcionam, toaletes espaçosos e limpinhos, com papeis higiênicos e cheirinho agradável, mas fiquei pensando naquela placa de proibição.
Já fiz muitas viagens pelo Brasil e confesso que foi a primeira vez na minha vida que vi um Centro de Criatividade proibir as pessoas de usarem os banheiros da sua dependência, então resolvi perguntar a um rapaz que fazia a guarda do local e tive uma resposta imediata e ridícula para não falar ditatorial:
“Os banheiros são de usufruto dos funcionários da casa.”
Não me conformei e fui fazer uma reclamação em uma sala próxima da escada que da acesso a pequena biblioteca Ferreira Gullar e lá chegando, encontrei um Senhor gordo com camisa de botão aberta até próximo do umbigo, um palito de dentes na boca e calçado com uma chinela havaiana bastante usada. Com um aspecto de preguiçoso e acomodado tinha sobre a mesa uma garrafa de café, talvez para espantar seu sono ou afastar seu tédio por estar alí. Entrei na sala, mas parecia não estar muito interessado em me dar uma informação, afinal, o senhor estava vendo “vale a pena ver de novo” em pleno ambiente de trabalho. Falei boa tarde e perguntei:
- Onde faço uma reclamação?
- sobre o que?
- Sobre o fato de não se poder usar o banheiro que aqui existe.
- Não tenho bloco de reclamação não, era só isso?

Resolvi sair para não atrapalhar sua interessante novela e, nao aturar o seu mau humor também, mas, fui até a Diretora, que infelizmente não estava na casa. Soube então que era a Senhora Ceres Fernandes, fiquei contente, pois é uma Senhora sensata e competente, mas que tomou uma atitude impensada ao decretar que os banheiros eram somente de uso seu e de seus subordinados.
Estou viajando e assim que chegar em São Luís, entrarei em contato com a Senhora Ceres Fernandes e se necessário com o Secretário de Cultura Luis Bulcão para cobrar a liberação dos banheiros e mais, cobrar que naquele local, exista uma pessoa responsável pela manutenção e limpeza dos boxes que além de gerar mais um emprego, manterá o lugar limpo e finalmente aberto a população.
ACORDA MARANHÃO!
Fábio Henrique Farias Carvalho

terça-feira, 20 de julho de 2010

Porque não Temos Banheiros Públicos já Que Urinar na Rua é Crime?





























Já passa da hora de pensarmos em uma agenda positiva para São Luis e assim, dirimirmos problemas simples e que aqui parecem sem solução e, falo isso porque não é admissível ver em plena luz do dia dezenas de marmanjos fazendo xixi em escadarias de Igreja, em esquinas seculares ou mesmo atrás de postes como se quadrúpedes fossem.

O fato de não termos banheiros públicos em São Luis é um adendo, pois, as pessoas precisam fazer suas necessidades e na ausência, acabam cometendo o ato que de acordo com o Código Penal pode ser enquadrado no seu artigo 233 e que estabelece a punição para conduta denominada de “ato obsceno” em lugar público, aberto ou exposto ao público com pena de detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.

Ao andar por São Luis, especificamente no seu Centro da Cidade, onde se tem o maior fluxo de pessoas, percebi uma completa deficiência de banheiros públicos e pior ainda, os que existem estão completamente inutilizados, abandonados, tornando-os impraticáveis. Entrei no banheiro da Feira da Praia Grande e me deparei com uma triste cena, pois na porta do banheiro (se é que se pode chamar aquilo de banheiro), tinha uma senhora sentada cobrando uma taxa para manutenção do banheiro e ao entrar tive certa ânsia de vômito causado pelo mau cheiro e pela situação de completo abandono em que se encontra aquele ponto que além de tudo é o maior ponto de concentração de turistas da Cidade de São Luis.

Não é possível que uma cidade de um milhão de habitantes e com vocação turística, não consiga manter banheiros públicos para usufruto da população ou mesmo, cobrar uma taxa simbólica para sua manutenção como é feito em boa parte do Brasil. Ao entrar no banheiro da Praia Grande, cheguei a conclusão que de fato estamos desassistidos. Gostaria muito de poder levar os Secretários de Turismo, de Infra-Estrutura e de Obras do Estado do Maranhão e do Município de São Luis para entrar naquele ambiente horripilante e talvez assim, eles se envergonhassem e tomassem uma providência decente e até mesmo cordial com a população que paga os seus bons salários.



De fato, o Código Penal não conseguirá impedir o fim dessa prática que, principalmente, ofende aos bons costumes e o respeito entre as pessoas, por uma razão bastante simples que é a falta de educação. Enquanto isso, como o poder municipal não disponibiliza com eficiência os meios necessários (sanitários públicos), nas vias públicas, o fato continuará se repetindo até que outra norma venha a ser novamente criada ou mesmo, fazer valer a lei como foi feito no Rio de Janeiro que numa atitude acertada, deu um choque de ordem pública e prendeu 320 pessoas no carnaval de 2010 por fazerem xixi nas ruas da "Cidade Maravilhosa".

Mas, certamente em ano eleitoral isso não irá acontecer, pois o tradicional sorriso falso e o enigmático tapinha na costa têm mais valor que as leis que regem o País.

Fábio Henrique Farias Carvalho

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Viajando...



De malas prontas com Fé em Deus e pé na estrada para descobrir novos horizontes.
Vou a Brasília, São Paulo e Perinópolis que fica no Estado do Goiás. Vou rever aquela Cidade encantadora e nela, vou reafirmar a admiração que tenho por Centos Históricos do Brasil e, tentar fazer um paralelo entre aquela Cidade e o Centro Histórico da Minha Cidade.
As conclusões serão apresentadas aqui, pois tenho a certeza que lá, encontrarei como já encontrei no passado, uma Cidade que sabe se organizar, se preparar para o turismo e o melhor disso tudo, sabe viver de turismo, como muitas outras por sinal.
Já no Maranhão...
PS 1: Antes de viajar passei em alguns lugares degradados de São Luis, fotografei para poder postar no meu Blog diariamente.
PS 2: Minha viagem é a lazer e a trabalho.

sábado, 17 de julho de 2010

A Praça Nauro Machado e a Ocupação Indevida.






















Que o Centro Histórico de São Luis assim como vários do Brasil é historicamente um local de culturas alternativas isso já se sabe. Mas daí, vê-lo sendo transformado em morada de marginais e malandros se drogando, esse sim, já é um ponto a se questionar.
Passando, como passo quase que diariamente na Praça Nauro Machado, observo com muita clareza a decadência da Sociedade Maranhense. Certa vez, escrevi que não se pode pensar em fazer turismo em uma cidade onde se elevou ao máximo a pobreza dos seus Cidadãos. Percebo que estava certo! e o exemplo claro disso é a Praça que leva o nome do Nosso Poetinha Nauro Machado, figura brilhante e simpática ao mesmo tempo, e que diariamente anda pela Praia Grande, com sua bengala, seu charmoso chapéu e a tradicional mochila onde certamente ele guarda seu próprio mundo de idéias e sentimentos.
Certa vez, estava sentado respirando o ar da histórica Praia Grande quando Nauro Machado passou, fiquei a acompanhá-lo com os olhos então ele parou na praça que leva seu nome e nesse momento tentei ser ele, tentei sentir o que ele estava sentindo ao ver ao fundo seu nome e a caricatura do seu rosto feito em bronze. Nesse instante comecei a sentir a decepção que ele estava sentindo quando observou que um malandro qualquer fez de seu rosto em bronze um cabide e pendurou uma velha calça e uma velha blusa para poder tomar seu banho em plena praça pública e mais, completamente pelado, afinal, é uma terra sem lei. Ao se virar, para o outro lado, observou que os bancos da praça estavam sendo ocupados por bêbados, mendigos e prostitutas ultrapassadas que tentavam vender seus corpos invendáveis, talvez aquelas remanescentes da antiga Boate Cristal na famosa Rua 28, que entre a garrafa de cachaça e o cigarro de maconha se drogavam tranquilamente naquele espaço que de maneira ridícula tem sido apelidado de cracolândia de São Luis. Na escadaria que acompanha o Teatro João do Vale, dois pivetes aproveitavam para pinchar seus nomes na parede e isso sem contar que os hippie fedidos e lambudos como é de costume invadiam o espaço alheio pedindo dinheiro e tentando vender seus produtos, alguns de muito mau gosto por sinal e, infelizmente ninguém tomou e nem toma uma providencia.
Na frente da praça existe um ponto de apoio da Policia Militar do Estado, mas infelizmente esses policiais não têm comando, não tem autorização para acabar com essa pandega que tem se tornado a Praça Nauro Machado. De acordo com o código de postura do Município, quem legisla sobre praças e ruas de São Luis é a Prefeitura e para isso que existe a Guarda Municipal, para manter a ordem e zelar pelo patrimônio publico, mas no Maranhão tudo caminha na contra mão da história e assim, vamos deixando mais um patrimônio se acabar e ser invadido indevidamente por malandros que dentre outras coisas, depredam o bem público. E basta passar alguns minutos por lá para poder comprovar o fato.
Ah, quanto ao Nauro Machado, acabei chamando-o para tomar um suco de bacuri e aprender um pouco com seus pensamentos lúdicos e delicados. Nessa hora, percebi seus olhos vermelhos, talvez por ter tido naquele momento certa vergonha de ver seu grandioso nome exposto ao descaso e a inoperância dos órgãos públicos com uma Praça que leva sua graça, afinal, essa é uma ocupação indevida.
Fábio Henrique Farias Carvalho
*Fotos tiradas por mim no dia 14 de julho de 2010 às 17:00

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A Pobre Escadaria Humberto de Campos.











Quando passamos no coração do Centro Histórico de São Luis, imaginamos um lugar impecável, tranqüilo com suas ruas, becos e praças completamente possuído pela boa vontade dos administradores públicos e nesse sentido, um sonho a ser vendido por agentes de viagem e consumido por turistas do mundo inteiro, mas em São Luis não é assim.
Como se já não bastasse o pouco fluxo de turista na nossa capital os que vêm, certamente não vão recomendar e certamente não irão retornar também e por muitos motivos, mas aqui, irei relatar somente um, a POBBRE ESCADARIA HUMBERTO DE CAMPOS.
No passado, conhecida como travessa do “Vira Mundo” era um despenhadeiro de arrepiar, até que se construiu a bela escadaria que liga o Lago do Carmo a Rua do Giz e por lá, passam diariamente Centenas de trabalhadores, estudantes em direção a seus colégios e alguns poucos turistas, pois é a ligação com a Rua Grande, com o Teatro Artur Azevedo e Museu Histórico e Artístico do Maranhão e a centenária Academia Maranhense de Letras.
Mas aos poucos o Centro Histórico tem sido alvo de muitas notícias negativas e diga-se de passagem, críticas corretas, pois não é possível que se deixe completamente abandonado um patrimônio que é do mundo inteiro.
A escadaria Humberto de Campos é uma vergonha, uma decepção e uma falta de respeito dos governantes com o povo de São Luis, completamente esburacada a meses, tem seus degraus, com lodo, lama, cheiro de Urina e fezes de animais irracionais e racionais também. Suas esquinas servem de lixão, pois lá, depositam inúmeros sacos de lixo sem que nada seja feito. Os beirais da escadaria estão todos quebrados, servem de estacionamento irregular e sem contar que últimamente é o preferido ponto de assalto, antes de noite, agora durante o dia também, pois os marginais entre um cigarro de maconha e outros "aditivos" acham o local propício para cometer mais um furto.
Mas tudo isso é mais triste quando se observa que essa secular escadaria está a 30 metros da SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO. De fato não é o secretário de turismo quem executa obras, mas é de responsabilidade dele cobrar e se não o faz, ele está sendo omisso e, não quero acreditar aqui que ele esteja sendo. Não é admissível que não se passe por aquela escadaria o Senhor Prefeito, os Secretários Municipais ou mesmo os tais Assessores desses Secretários e se passam, não é possível que ninguém se sinta culpado por aquilo e tome uma providencia IMEDIATA.
Caros leitores é lamentável termos que ver o Centro Histórico Tombar ao invés de ser tombado e mais, ser denunciado diariamente em todos os veículos de comunicação e sem que uma ação concreta seja feita pela Prefeitura desta Cidade. Basta de tanta negligência. VAMOS ACORDAR PREFEITURA DE SÃO LUIS.
A espera de um resultado concreto e não de tanto blá blá blá como tem sido corriqueiro, irei aguardar o concerto da escadaria que além de tudo, Levo o nome de Humberto de Campos, ilustre maranhense que de menino pobre nascido na antiga VILA DE MIRITIBA Galgou a escada da fama literária e tornou-se Membro Academia Brasileira de Letras ocupando a Cadeira de Nº 20 e respeitado internacionamente por suas muitas obras. Ao escrever sua alto biografia, escreveu que sua vida era um exemplo de superação e disse: “Uma lição de coragem aos tímidos, de audácia aos pobres, de esperança aos desenganados”
Que as palavras do Imortal seja um alento e leve esperança aos desenganados como EU.

Fábio Henrique Farias Carvalho
* Fotos tiradas por mim no dia 14 de julho de 2010 às 16:00

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Centro Histórico e o Castelo de Areia. Ascenção e Queda:
















Que São Luis é detentora do maior conjunto arquitetônico do Brasil e um dos maiores do mundo, isso já se sabe. Necessário, no entanto, é entender o porquê de tamanha riqueza cultural no nosso Estado:
São Luis é a primeira capital brasileira a ser planejada dentro de um traçado original de 1615, pelo então engenheiro Francisco Frias que executou um plano de arruamento para o então desenvolvimento da futura Cidade. Seu projeto urbanístico obedeceu às expectativas de beleza, simetria e ordenação racional dos espaços públicos e, assim, apresentando no seu núcleo principal o modelo de “Praza Mayor”, contendo na cidade alta as sedes administrativas, religiosas e militares e na parte baixa, o setor comercial, no caso a Praia Grande.
Tivemos os dois principais ciclos econômicos responsáveis pelo rápido crescimento da Cidade de São Luis, o ciclo do algodão (1780 à 1820) e o ciclo da Cana de Açúcar (1850 à 1870) com a implantação de diversos engenhos.
O Apogeu econômico agro-exportador vinculou-se ao ciclo literário e nele o honroso título de “Atenas Brasileira”. Fomos colocados pelos naturalistas Johann Spix e Philipp Martius como cidade desenvolvida, merecedora do “quarto lugar entre as cidades brasileiras” atrás somente do Rio de Janeiro, Salvador e Recife.
E hoje, o que restou?
Uma cidade abandonada, um centro histórico degradado e nele o retrato fiel da atual Administração Municipal. Nunca olhei a minha Cidade tão largada e tão empobrecida pela falta de políticas públicas, pela completa inoperância do Senhor Prefeito, cuja meta principal de campanha foi preparar São Luis para os 400 anos que se aproximam e nele colocar o Centro Histórico e o Turismo como foco principal. Pura falácia política.
Recebeu de mãos beijadas projetos relevantes: O Museu/Escola da Azulejaria, na rua da palma, com 70% da sua obra concluída e desde o momento que assumiu, irresponsavelmente relegou ao abandono, já que nessa obra se encontra, apenas,um vigia que observa as prostitutas, o tráfico e o roubo consumir especificamente aquela área. Recebeu o Projeto do Museu/Escola da Gastronomia Maranhense, localizada na Rua de Nazaré com 15% da obra concluída e o que fez?Inexplicavelmente parou a obra também. Recebeu mais dois projetos importantes, Informantes Jovens que erradamente parou durante meses para ser remodelado, pura patuscada e pantomima, ou melhor, anedota política já que o projeto estava sendo executado normalmente. Já o Passeio Serenata, executado semanalmente nas ruas históricas de São Luis, foi completamente abandonado e sem motivos, pois o Centro Histórico era transformado em um grande teatro a céu aberto com atores e músicos que cantavam tocavam e representavam para os muitos visitantes que acompanhavam aquela linda apresentação, sem falar que na Zona Rural as Trilhas do Maracanã abandonadas, dificultam o turismo ecológico e o Projeto Turismo Náutico no Porto do Jenipapeiro, inaugurado pelo Prefeito em junho de 2009 teve seu naufrágio logo no inicio, mas Sua Excelência, com palavras firmes dentre outras no lançamento do projeto disse ao JP TURISMO no dia 11 de Junho de 2009: “Esse projeto é o começo de uma série de ações que vamos fazer para desenvolver o turismo de São Luís e mostrar as nossas potencialidades naturais, arquitetônicas e culturais, através deste projeto, que vai gerar um grande impacto no turismo da nossa capital”
No Início do seu mandato, desapropriou 19 casarões para revitalização e não trocou uma única janela desses imóveis e os casarões estão esperando para serem vítimas da inércia de Sua Excelência. Iniciou a obra do antigo prédio do BEM, sem a autorização dos órgãos competentes e o resulto foi o embargo dessa obra, ainda hoje paralisada. O projeto do Teatro Municipal está parado e o Cini Roxy continua a servir para os pedófilos e tarados de plantão que por lá vão aliviando sua doença incurável. O projeto “Cores de São Luis” que visava revitalizar as fachadas dos casarões, lançado com pompa e mídia cara, até hoje nada foi feito, isto é, não se pintou nem as tão faladas eiras, beiras e tribeiras de São Luis. Temos o Centro sujo, com as escadarias fedendo a urina, com hippies incomodando a todos, com mau cheiro e insistência descabida. Calçadas quebradas, bancos arrancados, banheiros fétidos e qual o retorno disso: Decepção dos turistas que nos visitam. Aliás, qual imagem o Senhor Prefeito acha que nossos visitantes terão de nossa Cidade e de sua malfadada administração?

Na verdade, não houve nem estratégia, nem incentivo que levasse o conjunto urbano da Praia Grande a se desenvolver ou gerar algum interesse. E aqui faço um questionamento: Qual a política de Turismo do Maranhão? Na minha visão, a política que o Maranhão preserva é a política do isolamento, pois quanto mais isolado do Brasil, mais se torna propriedade de alguém. Durante décadas, o Maranhão tem sido desculpa legal para o enriquecimento de poucos e empobrecimento de muitos. Nesse sentido, como podemos pensar em fazer turismo em um Estado onde se elevou ao máximo o empobrecimento dos seus autóctones.

Estamos em um momento global, onde um ano de atraso representa uma década de trabalho perdido. O Prefeito Castelo se apresenta como um fiasco, exemplo típico de político que parou no tempo. Foi colocado na cadeira de Governador de Estado sem um único voto, durante o nebuloso Regime Militar, portanto, não pode saber o que é democracia. O nosso Alcaide continua sendo o mesmo que apoiou Paulo Maluf, ao invés de Tancredo Neves, na abertura democrática do País e ainda disse: "Voto em Paulo Maluf por razões óbvias. É meu amigo pessoal, homem do PDS e mais jovem do que seu oponente, Tancredo Neves que, além de ser da oposição, está com 74 anos." E por pura ironia do destino foi eleito para Prefeito da nossa Cidade, com idade similar a do então “velho” Tancredo Neves, mumificando, assim, ações desenvolvimentistas da Cidade de São Luis. Depois de tudo isso, teve sua cegueira política aumentada quando resolveu apoiar Fernando Collor ao invés de Lula em 1989. Sua Excelência Governou o Estado com mão de ferro, numa época em que não existia Lei de Responsabilidade Fiscal e nem a figura do Ministério Público Independente, para barrar, ou mesmo, questionar as ações fora dos princípios da legalidade do seu Governo e, assim, não deixar destroçar as contas Públicas do Estado como fez a época. É fundamental lembrar que o então Governador João Castelo, teve durante sua vida pública o triste caso da meia passagem, onde centenas de jovens foram presos e ficaram gravemente feridos durante dois dias de choque entre policiais e estudantes que reivindicavam somente o direito da meia-passagem de ônibus em São Luís, inclusive, denunciado pelo então vereador Hélcio Silva (MDB), de seqüestro de estudantes durante as manifestações de setembro de 1979. Ou seja, um exemplo clássico do autoritarismo e da falta de visão democrática.
É necessário ter espírito público, projeto, honestidade de propósito e execução. Temos que transformar a Praia Grande em um modelo de sustentabilidade própria. Temos que revitalizar o Comércio local, gerando emprego, renda e a necessária ocupação desses casarões. Temos que dar vida a tudo aquilo, e fazer voltar o projeto de moradias habitacionais. Já passa da hora de termos a Rua Cultural de São Luis com centros de artes, dança, música, pintura, azulejaria, bares, restaurantes a exemplo de outros recantos culturais do nosso imenso Brasil, ou, até mesmo, copiar o modelo hoje existente na Cidade de São Paulo, com um programa voltado para incentivos fiscais, dentro de um projeto de retorno liquido e certo, com transformação de áreas antes degradadas, em exemplo perfeito de convívio social.
Não podemos mais agüentar calado tanto descaso com o nosso mais importante bairro de São Luis. Temos que nos revoltar e não ficarmos inertes diante do descaso com que tratam a Praia Grande.
Se São Luis foi a ilha rebelde algum dia, ela deixou de ser com a eleição de João Castelo, administrador de fracassadas Empresas Privadas que agora se arvora de “grande administrador público”, a grande solução administrativa para nossa Cidade. Pura ilusão. Passamos, ao que parece, por um Alzheimer administrativo, talvez, por hoje estar hoje o nobre Alcaide, com a mesma idade do então “velho” como disse, muito embora democrata, inesquecível e grande brasileiro Tancredo de Almeida Neves. De fato, temos um “Castelo” de areia nossa Prefeitura.
Que Deus nos ajude!
Com a palavra Sua Excelência.
Fábio Henrique farias Carvalho

A Lagoa, a Serpente e o Abandono.







*Artigo meu publicado no Jornal O Imparcial do dia 06 de maio de 2010.



Há bastante tempo venho alertando para a completa situação de abandono da nossa Lagoa da Jansen. Parece surpreendente, mas São Luis sofre de um mau que assola o Brasil e em especial o Nordeste e, mais especial ainda, o Maranhão com a falta de conservação dos logradouros públicos, esses mesmos logradouros que custaram o suado dinheiro dos contribuintes e todo um planejamento para que aquele local se tornasse um exemplo de convívio social, com quadras poliesportivas, bares, restaurantes e outros atrativos, como a nossa Serpente da Lagoa.

Mas, para a nossa surpresa, o tempo passou e todos os projetos foram abandonados, todos os sonhos esquecidos, muito embora a Governadora do nosso Estado, assim que empossada tivesse anunciado verbas da ordem de U$$ 40 milhões para revitalização de vários pontos de São Luis, dentre eles, a nossa esquecida Lagoa da Jansen. Comitiva foi montada e vários Secretários de Estado estiveram presentes, sem entender ao certo o que estavam fazendo por lá e mais: tentando entender qual importância essa obra teria. Parece patético, mas foi exatamente assim que aconteceu, o Vice Governador falava aos Secretários que entre bocejos de sono e olhares entediados, mostravam o seu total desinteresse pela obra. Que falta de compromisso com o bem público!

Depois disso, um ano se passou sem que nada, absolutamente nada, tenha sido feito. As lixeiras foram arrancadas dos lugares por vândalos e não foi feita a devida reposição. As placas que faziam alusão as ciclovias, bairros, quadras esportivas e demais localidades, foram consumidas pela ação do tempo, sem que nada tenha sido feito também. As ruas que dão acesso a Lagoa, completamente intrafegáveis, o asfalto afunda, transforma-se em buraco e as galerias entupidas causam alagamento com uma simples chuva. Os esgotos estourados afastam os moradores os turistas e geram grandes e graves problemas de saúde. Os boxes da Polícia Militar do Maranhão, em vez de policiais, encontram-se lá, seguranças de empresa privada, que entre o romântico rádio de pilha e o maléfico trago no cigarro, observam, placidamente, o banditismo tomar conta dos cinco bairros que circundam a Lagoa da Jensen.

O lixo se acumula as quadras de esporte não tem a devida manutenção e a concha acústica que serviria para constantes shows de artistas da terra, serve como moradia predileta de passarinhos que por lá dão seu show a parte. O odor provocado pela poluição torna-se insuportável e prejudica os bons bares da lagoa. O Mirante da lagoa que nasceu com a característica de “mirar” a natureza, serve atualmente para festas privadas que deixam por lá um rastro enorme de sujeira, que se espalha pela lagoa, com seu tablado e seu banco de madeira cedro constantemente quebrado e sem a devida poda das árvores, inviabilizando assim a vista da Lagoa, isso sem contar à insegurança que predomina e afasta os visitantes da área. Não existe jardinagem, não existe na verdade bancos e árvores para se sentar e ler um livro ou mesmo pensar na vida e, até quem sabe, pensar, também, nos amadores políticos que o Maranhão com altivez inventa.

Um capítulo a parte é a nossa Serpente, essa mesma serpente que foi considerada pela Tv Cultura de São Paulo uma das três maiores obras em tamanho físico e de grande importância artística do Nordeste do Brasil, juntamente com o “Marco Zero” de Brennand, situada em Pernambuco e o “Conjunto de Obras” de Mario Cravo situado na Bahia.

Contudo, a nossa obra lendária permanece renegada ao abandono, como se fosse inexpressiva. Obra do poeta das artes plásticas Jesus Santos, que tem o reconhecimento devido em outros países, mas no Maranhão, infelizmente, essa sua obra, vem sendo abandonada de maneira criminosa e demagoga, muito embora a Secretaria de Comunicação do Estado, através do seu titular Sergio Macedo, tenha anunciado a tão esperada revitalização no dia 13 de janeiro de 2010 com um valor significante enfatizando: “A serpente será retirada da lagoa, quando será iniciada sua reforma, que deverá ser concluída em 90 dias. Atualmente com 74 metros, ela será acrescida de outros 30, ficando assim com 104 metros e entre as 6h e às 18h, a serpente emitirá sons marcando a passagem das horas. À noite, essa passagem será feita por meio de labaredas de fogo que serão expelidas pelas narinas da serpente”

Maravilha, agora vai, mas que nada, tudo não passou de mais um sonho de verão, mas uma obra anunciada e não realizada, mas um monumento que é esquecido, bem como toda a lagoa e, até onde se sabe, a Governadora autorizou a obra, mas, infelizmente, não foi obedecida pelos seus subordinados. É importante que se diga que nossa serpente, que está incontida no imaginário da população, faz parte da maior lenda da Cidade, serve de pano de fundo para artistas plásticos, escultores, escritores, poetas, músicos, produtores, diretores e, até mesmo, para o Governo do Estado e a Prefeitura Municipal, que quando querem vincular propagandas do Maranhão e tirarem proveito político, logo usam demasiadamente a imagem da serpente que roda mundo a fora, despertando interesses. Enquanto isso, a serpente não mais adormece como nos contos de antigamente, ela simplesmente afunda na lagoa e na falta de compromisso do poder público com a nossa Cidade.

Concluindo, urge destacar um dado oficial e uma indagação: A serpente foi inaugurada em 2001 e concluída em apenas dois meses de trabalho e recebeu 320 caravanas de visitantes apenas no seu primeiro mês de exibição, mostrando assim o seu alto poder atrativo e movimentando o comercio local com venda de águas de coco e similares. Já a indagação que fica é a seguinte: Quando teremos a Lagoa revitalizada, despoluída e com pedalinhos navegando em volta dela, despertando o turismo, dando uma opção de lazer aos moradores da cidade para assim, poder ver de perto a serpente que o mundo venera, mas o Maranhão por opção esquece ou até mesmo renega.

Ah, se Ana Jansen viva fosse e soubesse que essa desordem de armário embutido acontece justamente nas suas terras de outrora.

Com a palavra, os responsáveis pelo descaso.

Fábio Henrique Farias Carvalho

terça-feira, 13 de julho de 2010

Um Começo e Boas Vindas

Esse Blog é um espaço dedicado a Cultura, Turismo e as atualidades do cotidiano. Aqui, irei mostrar assuntos relevantes e em alguns momentos polêmicos também. Nesse mundo virtual, o caro leitor terá seu espaço para poder reclamar e fazer sugestões.
Esse é o começo de uma empreitada que renderá muitos bons frutos. Seja bem vindo e faça parte dessa viagem pelo mundo das notícias.